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Journey brasileiro?!


Areia: Pathway to Dawn é game contemplativo, fortemente inspirado em Journey, desenvolvido pelo estúdio brasileiro Gilp Studio e que recebeu apoio da lei de incentivo da Ancine. Lançado em janeiro de 2020 para PC.

Assim como sua clara inspiração Journey, Areia apresenta uma narrativa enigmática e interpretativa, não contendo diálogos ou textos, com exceção de pequenas frases que só serão reveladas caso o jogador encontre locais específicos de meditação. Dessa forma a história ou mensagem do game não fica clara em um primeiro momento, exigindo uma certa atenção do jogador para compreender a mensagem que o game busca apresentar.

Basicamente assumimos uma pequena entidade com forma humanoide, que chama atenção pelo formato peculiar do seu crânio ao lembrar um "vaso" de onde escorre areia de seu interior. Essa entidade sem nome vaga em um imenso deserto em busca de algo, ou alguém. Sim, tal descrição é vaga, mas a própria narrativa do game se propõem a isso, deixando boa parte da interpretação a cargo do jogador e uma maior descrição da história poderia afetar justamente essa interpretação.

Para se avançar no game o jogador deverá explorar os belos cenários em busca de pequenos quebra-cabeças, que são fáceis e intuitivos de serem resolvidos, mas que aumentam a sua complexidade conforme se avança pelos cenários. O game não apresenta mecânicas complexas, basicamente o jogador deverá vencer os obstáculos do terreno utilizando a habilidade do protagonista de criar pontes de areia, posteriormente uma variação dessa mecânica é adicionada, mas não alterando significativamente a sua jogabilidade.

Um dos maiores destaques de Areia é a sua belíssima ambientação, basicamente nós vemos em meio a um imenso deserto, mas que em poucos minutos se revela instigante, com cores vibrantes e um bom level design. Os cenários não chegam a ser grandiosos, mas recompensam a exploração, escondendo pequenos segredos que podem contribuir tanto com a progressão, revelando pequenos atalhos, quanto com a compreensão da história e sua mensagem.

O game é cheio de simbologias, fazendo referência a cultura indiana e suas filosofias, como budismo e hinduísmo, porém tais símbolos passam facilmente despercebidos, por exigirem um conhecimento prévio do jogador, dificultando assim a sua real compreensão. Vale mencionar que os desenvolvedores prometeram uma futura atualização que incluirá o significado das diversas simbologias utilizadas no jogo. Sem dúvida será uma excelente adição.

De maneira geral Areia: Pathway to Dawn é um bom jogo, com uma excelente ambientação, boas mecânicas de gameplay, quebra-cabeças acessíveis e uma trilha sonora que não surpreende, mas que contribui com a proposta contemplativa e relaxante do game, com uma narrativa enigmática, que pode tanto satisfazer os entusiastas de jogos contemplativos, quanto frustrar pelo seu final abrupto e aberto.

Informações adicionais:
Nota geral: 6,5.
Tempo dedicado ao game: 4 horas.
Conquistas desbloqueadas: 09 de 12.
Dificuldade: Fácil, extremamente fácil.
Fica a dica: Explore!
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? O preço é acessível e condizente com o tempo da experiencia.
Modo de jogo: Exclusivamente singleplayer.
Idioma: Textos em português.

Game fornecido pela Gilp Studio ao grupo Gamers do Brasil para avaliação através do programa de Curadoria Steam. Agradecemos a oportunidade!

Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Postat 29 februarie 2020. Editat ultima dată 29 februarie 2020.
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Casual e carismático!


Iggy's Egg Adventure é um game carismático de plataforma 2D, onde assumimos Iggy um filhote de velociraptor, que busca resgatar a sua mãe que foi sequestrada por homens das cavernas. Desenvolvido e distribuído de forma independente pelo estúdio Ginger Labs LLC, lançado em agosto de 2015 para PC. Infelizmente o game deixará de ser vendido a partir de 01 março de 2020.

Como a maioria dos games casuais Iggy's Egg Adventure apresenta uma história simples, que serve apenas para contextualizar o game. Sua estrutura é extremamente casual, basicamente em cada fase o jogador terá que coletar pequenos ovos, que darão vida adiciona após cem ovos coletados, enquanto supera desafios e obstáculos pelos cenários 2D.

Além de apresentar um visual caricato e carismático, um dos grandes méritos do game é seu level design. Apesar do objetivo de cada fase sempre ser o mesmo, a variação dos cenários é satisfatória o suficiente ao apresentar obstáculos e desafios variados, tornando-se bastante desafiador em alguns trechos, principalmente quando envolvem fugas de inimigos maiores.

O game apresenta uma boa variedade de cenários, com mapas representando ambientes de neve, floresta, pântano e deserto, além disso, há uma ótima variação de inimigos, como diversos animais pré-históricos e homens das cavernas, cada um com comportamento próprio.

Além do protagonista, o game permite selecionar outros filhotes de dinossauros, no total são cinco personagens, cada um com habilidades próprias que alteram levemente o gameplay, como por exemplo, o personagem Terry que tem um salto maior e a habilidade de planar, ou o personagem Phredrick que cuspe bolas de veneno, mas para desbloquear os personagens adicionais o jogador precisará coletar ovos maiores que ficam escondidos pelos cenários, incentivando assim a exploração de toda a fase.

Iggy's Egg Adventure é um ótimo game casual, que cativa pelo seu visual e satisfaz com um ótimo level design e bom conteúdo. Sem duvida é uma ótima pedida para os fãs de games de plataforma.

Informações adicionais:
Nota geral: 7,5.
Tempo dedicado ao game: 22 horas.
Conquistas desbloqueadas: 37 de 44.
Dificuldade: Fácil, mas com alguns trechos bem desafiadores.
Fica a dica: Assim que possível desbloqueie o personagem Terry, pois sua habilidade de voo é excelente para superar as fases.
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Sim, vale! Mas infelizmente o game será deixado de ser vendido a partir de 01 março de 2020.
Modo de jogo: Exclusivamente singleplayer.
Idioma: Somente em inglês.

Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Postat 20 februarie 2020. Editat ultima dată 5 martie 2020.
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20.7 ore înregistrate
Ainda mais atmosférico e interessante!

Metro 2033 Redux, versão remasterizada do game original, lançado em 2010, trata-se de um FPS que mistura elementos de ação e survival horror, que adapta o livro de mesmo nome do escritor russo Dmitriy Glukhovskiy. Desenvolvido pela 4A Games e distribuído pela Deep Silver, lançado em agosto de 2014 para XOne, PS4 e PC.

No universo de Metro, no ano de 2013 ocorreu uma grande guerra nuclear onde o mundo foi transformado em cinzas, na Rússia parte da população foge para as estações de metrô em busca de abrigo. Vinte anos se passam e a humanidade está por um fio, vivendo no subterrâneo de Moscou em pequenas comunidades, que sofrem ataques constantes de criaturas mutantes, além dos conflitos entre facções rivais.

Na trama assumimos o personagem Artyom, que recebe do seu mentor Hunter a missão de solicitar ajuda a estação de Polis, pois a sua própria estação está preste a ser atacadas pelos Dark Ones, uma nova e misteriosa ameaça que surgiu nos túneis do metrô. O protagonista é silencioso, apenas ouvindo os diálogos dos diversos personagens que ele encontra ao longo da campanha, sua voz só será ouvida em pequenos monólogos realizados entre as missões, com a percepção de Artyom sobre os acontecimentos.

A narrativa pode parecer simples, mas é consistente e ganha ares de sobrenatural e terror em diversos momentos, principalmente quando envolve os misteriosos Dark Ones. No fim a trama não chega a surpreender, mas apresenta um mundo pós-apocalíptico denso, crível e interessante. O protagonista é aparentemente pouco desenvolvido, tendo voz apenas nos interlúdios das fases, mas ganhando maior profundidade ao se desbloquear as páginas do seu diário através de coletáveis encontrados nos cenários.

Em termos de jogabilidade o game não inova, apresentando conceitos básicos de FPS, mas acrescentando algumas mecânicas interessantes como a necessidade da utilização de mascaras de gás, quando em locais contaminados pela radiação e o gerenciamento constante de recursos como munição e filtros. Além das armas tradicionais, o game apresenta algumas armas bastante únicas, como armas pneumáticas e com danos de choque, além de variações interessantes de armas modificadas que podem ser encontradas pelos cenários, incentivando assim a exploração. Uma adição da versão Redux é que as modificações de armas podem ser adquiridas nas lojas encontradas nas estações, são customizações básicas com poucas variações, mas que tornam o arsenal do jogo mais interessante.

A ambientação é um dos pontos altos de Metro 2033 e a versão Redux potencializa essa característica, trazendo melhorias no visual dos cenários e principalmente nos modelos dos personagens, que ganharam feições mais realistas e expressivas. O game se passado quase que inteiramente no subterrâneo de Moscou, em cenários sombrios, assustadores e claustrofóbicos, com uma trilha e efeitos sonoros que contribuem com a atmosfera de terror do game, principalmente quando o Artyom está sozinho explorando os tuneis do metrô. Em diversos momentos o jogador ficará tenso, explorando com cautela locais escuros enquanto escuta ao longe o barulho de alguma criatura.

O game apresenta uma estrutura bem linear, sempre com o objetivo de ir de um ponto A ao ponto B, enfrentando os inimigos pelo caminho, que podem ser tanto soldados de outras facções, quanto mutantes assustadores, porém em algumas missões há caminhos alternativos que permitem uma abordagem mais furtiva, inclusive dando a opção de não matar um único inimigo, o que auxilia bastante no gerenciamento de recursos. Além disso, a nova versão faz pequenas alterações nos cenários, acrescentando novos locais e caminhos, dando um pequeno ar de novidade para os jogadores que tiveram a oportunidade de jogar o game original.

A variação de inimigos é satisfatória, com soldados de facções inimigos como nazistas e comunistas, mas principalmente apresentando criaturas mutantes nascidos após apocalipse nuclear, como os Nosalis, grandes criaturas que lembram uma fusão bizarra entre cães e porcos, ou os assustadores "bibliotecários" criaturas semelhantes a gorilas e que vivem na superfície de Moscou, assim como os imparáveis Demons, morcegos mutantes maiores que homens e extremamente mortais.

Além das melhorias gráficas a versão Redux adiciona dois modos de jogo, o modo Sobrevivente que prioriza a furtividade e adiciona elementos de survival horror ao game, com um maior gerenciamento de recursos e o modo Espartano que apresenta um foco maior na ação facilitando a obtenção de recursos durante a jornada. Sem duvida é uma forma inteligente de agradar uma fatia maior de jogadores, dando a opção de escolha conforme a sua preferência.

Metro 2033 Redux é uma excelente releitura do game original, essencialmente é o mesmo jogo, mas as suas pequenas mudanças justificam a sua existência, dando um ótimo ar de novidade ao game. Um ótimo FPS, que não chega a inovar em termos de jogabilidade, mas que apresenta uma boa narrativa, em um universo consistente, imersivo e atmosférico. Um game que consegue atender tanto os apreciadores de jogos de survival horror, quanto os de games furtivos, por misturar de forma equilibrada características de ambos os gêneros.

"Se for hostil, mate!" - Hunter

Informações adicionais:
Nota geral: 09.
Tempo dedicado ao game: 20 horas.
Conquistas desbloqueadas: 46 de 49.
Dificuldade: Moderada.
Fica a dica: Busque encontrar os coletáveis do jogo para liberar as paginas do diário do Artyom, isso dará uma maior profundidade a narrativa.
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Sim vale, principalmente se for comprado com Last Light.
Modo de jogo: Campanha exclusivamente singleplayer.
Idioma: Em inglês, com tradução disponível no site Tribo Gamer.

Essa análise é uma versão "remasterizada" da minha análise do game original.[portohq.blogspot.com]

Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Postat 15 februarie 2020. Editat ultima dată 15 februarie 2020.
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24.0 ore înregistrate
Um remake digno!


Anunciado no distante ano de 2015, o remake de Resident Evil 2 finalmente teve o seu tão aguardado lançamento em janeiro de 2019, com versões para PC, XOne e PS4, sendo considerado facilmente como um dos melhores lançamentos do ano passado.

Na trama de Resident Evil 2 vemos o novato Leon Kennedy e a jovem Claire Redfield chegando a cidade fictícia mais icônica da série, Raccoon City, bem no momento que explode o surto zumbi na cidade, encurralados na delegacia da cidade ambos os protagonistas terão que explorar o local para encontrar uma saída enquanto descobrem os segredos por traz da epidemia e o envolvimento da corporação Umbrella. Assim como no original a Capcom divide a narrativa em duas campanhas, onde vemos a história pela perspectiva de cada um dos personagens, teoricamente as duas campanhas acontecem em paralelo e se complementam, porém o que ocorre na pratica é que as diferenças entre elas se resumem a pequenos trechos da história, repetindo a maioria dos acontecimentos e objetivos do jogo, o que sem dúvida enfraquece a narrativa, fazendo com que a segunda jornada não tenha tanto impacto quanto a primeira, principalmente pela sensação de uma campanha invalidar a outra devido a repetição de acontecimentos.

Apesar dessa falha narrativa a história do game é muito bem apresentada, com um desenvolvimento consistente, que não chega a surpreender, principalmente para aqueles que já tem uma certa familiaridade com a série, mas que mantem o jogador interessado ao revelar de forma gradativa os segredos por traz do surto zumbi. Os acontecimentos como o início conturbado do romance entre Leon e Ada, a negligência dos cientistas Annette Birkin e William Birkin, o vínculo de Claire com a pequena Sherry, são muito bem desenvolvidos, tornando a narrativa atrativa e dando substância a trama, que poderia ser facilmente considerada simplória, se não fossem tais elementos.

Um ponto alto, que sem dúvida torna Resident Evil 2 marcante, é a sua excelente ambientação, os cenários do game são muito bem construídos, em especial a delegacia que contribui de forma incrível com a necessidade de exploração que o game apresenta, mas principalmente dá todo o tom tenso e sombrio que o game busca transmitir, com seus ambientes mal iluminados, seus corredores amedrontadores que a todo momento podem revelar um zumbi, ou algo ainda pior e aliado a tudo isso temos o excelente som ambiente que potencializa o clima denso e assustador do game.

Aliado a ambientação temos o excelente visual repaginado tanto dos protagonistas, quando dos inimigos. Primeiro tanto Leon, quanto Claire, ganharam novas características, nada muito drástico, mas perceptível o suficiente para se notar uma certa diferença e é interessantíssimo perceber como a Claire ganhou um rosto mais arredondado e expressivo, enquanto Leon mantem suas características básicas, mas ganhando um ar de inocência. Além dos protagonistas os principais inimigos ganharam novas roupagens, começando pelos tradicionais zumbis, que surpreendem não pelo seu visual em si, mas pela possibilidade quase que irrestrita de desmembrá-los, já os lickers se tornaram ainda mais horripilantes e mortais.

Mas logicamente que o grande destaque fica com o já icônico Tirano, ou Mr. X, que ganhou um novo visual que consegue ao mesmo tempo ser fiel ao original e atualiza-lo tornando-o ainda mais imponente com seu sobretudo de couro e chapéu estiloso. Mas o Mr. X não se torna marcante apenas pela sua aparência amedrontadora, mas principalmente pelo forma que o personagem é utilizado durante o jogo, no início o jogador consegue explorar boa parte da delegacia de forma tranquila e cautelosa, mas assim que o mortífero e imparável Tirano aparece e inicia a sua perseguição implacável o game ganha uma nova camada de tensão que faz o jogador abandonar toda e qualquer estratégia que tenha aprendido nos momentos anteriores, realizando uma verdadeira corrida desesperada para escapar do seu pálido e frio perseguidor e acredite esses momentos são marcantes e únicos.

A jogabilidade é bem acessível e atualiza de forma excelente as mecânicas do game original, afinal esse é o principal objetivo de um remake, tornar a nova versão atrativa para a nova geração de jogadores e isso sem dúvida Resident Evil 2 faz de forma primorosa. Primeiro as características fundamentais do original foram mantidas, como a constante exploração do cenário para resolver os pequenos quebra-cabeças que permitem acessar novas áreas, assim como o gerenciamento de inventario que fazem o jogador se questionar a cada momento qual o melhor momento para se utilizar determinado recurso. Segundo tivemos a mudança mais do que necessária no sistema de câmera, que ao contrário do original agora acompanha a movimentação do personagem, assim como o sistema de mira que permite mirar e se movimentar ao mesmo tempo, algo já visto em Resident Evil 6 e que aqui foi muito bem implementado.

Em termos de duração as duas campanhas podem ser finalizadas facilmente em menos de 15 horas, tempo esse que pode ser considerado curto, mas o game incentiva o jogador a repetir as campanhas tanto na dificuldade mais alta, quanto na chamada "segundo jornada" que muda o momento de alguns acontecimentos da história, assim como altera a resolução de alguns quebra-cabeças, além disso o game conta com o modo Sobreviventes, que basicamente apresentam pequenas fases onde o jogador assume alguns personagens coadjuvantes com objetivo de fugir da cidade. Com isso o tempo de gameplay pode ser facilmente dobrado caso o jogador busque fazer todas as "quatro" campanhas e principalmente desbloquear todas as conquistas.

Apesar da CAPCOM claramente ter desperdiçado a oportunidade de criar duas campanhas que de fato se complementassem, é inegável que Resident Evil 2 Remake é uma excelente releitura do original, que consegue resgatar todo o clima tenso de Survival Horror dos primórdios da franquia, ao mesmo tempo que o atualiza, tornando sua gameplay acessível e prazeroso de se jogar. Um game que apresenta visuais impressionantes, um clima tenso e uma ótima jogabilidade. Se Resident Evil 7 foi o retorno triunfal da franquia, Resident Evil 2 Remake é a consolidação desse retorno, pavimentando o caminho para o futuro da série, seja com novos remakes, ou com novas continuações.

"Eu faço mais ideia do que você pensa." - Claire Redfield

Informações adicionais:
Nota geral: 09.
Tempo dedicado ao game: 24 horas.
Conquistas desbloqueadas: 27 de 44.
Dificuldade: Na dificuldade Normal o game consegue ser bem acessível, já na dificuldade Intensa o game oferece uma boa dose de desafio.
Fica a dica: Ao encontrar o Mr. X, corra, corra como se não houvesse amanhã!
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Sim, vale! Mas ignore as DLCs, por que pagar seis reais em uma skin de arma não dá!!! Né dona Capcom!?!?!
Modo de jogo: Exclusivamente singleplayer.
Idioma: Em inglês, com legendas em português.

Deixo um agradecimento especial ao grande amigo Outlander, que me presenteou com uma cópia do game. Melhor presente!

Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Para mais análises siga a Curadoria Gamers do Brasil
Postat 5 februarie 2020. Editat ultima dată 27 martie 2020.
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31 oameni au considerat această recenzie utilă
24.5 ore înregistrate (22.3 ore pâna la publicarea recenziei)
Um ótimo simulador!


Ultimate Fishing Simulator como o próprio nome deixa claro é um simulador de pesca, desenvolvido pelo estúdio Bit Golem e distribuído pela Ultimate Games. Lançado para PC em agosto de 2018, que se propõem a apresentar uma jogabilidade realista de pesca esportiva.

Não há um enredo, afinal estamos falando de um simulador e o game se foca nesse aspecto, aprestando um sistema de progressão simples e objetivo. No game temos basicamente diversos mapas, que para serem acessados exigem que licenças de pesca sejam adquiridas, fazendo o jogador se dedicar a acumular dinheiro para obtê-las, além de comprar novos equipamentos.

Os mapas são amplos, apresentando cenários belos e com uma boa ambientação, com destaque para os cenários Golfo Penas e Pinas Bay, que apresentam uma belíssima paisagem. Apesar disso, fica aparente a falta de detalhamento na fauna e na flora, o que poderia dar uma maior vivacidade para os ambientes. Logicamente que o grande foco são as espécies de peixes que são bem variadas e detalhadas, com o jogo base apresentando mais trinta tipos de peixes, que vão desde pequenos peixes como Truta do Lago e Bagre-Americano, a grandes espécies como os Salmão do Havai e Marlim-Preto, que por sinal são bem difíceis de serem capturados.

O sistema de progressão é simples, porém funcional dentro da proposta do jogo, basicamente a cada peixe pescado o jogador ganhará pontos de experiência e um valor em dinheiro, que variam de acordo com o tamanho e espécie do animal capturado, os pontos de experiência servem para subir o nível do pescador, permitindo que a cada novo nível uma habilidade seja desbloqueada, como fazer arremessos com maior força, ou até identificar a localização dos peixes no ambiente. Já o dinheiro é gasto na compra de novos equipamentos e como já salientado na obtenção de licenças de pescas para novas regiões.

A variedade de equipamentos e assessórios é bastante robusta, permitindo a troca de varas, molinetes, anzóis, além da compra de iscas naturais e artificiais, que devem ser escolhidas sabiamente de acordo com as espécies de peixes que o jogador deseja capturar.

A dificuldade é bem acessível, principalmente nos primeiros mapas, onde basta escolher corretamente o tipo de isca para capturar a maioria dos peixes, tornando-se um pouco mais desafiadora apenas com os peixes maiores e espécies mais raras, obrigando o jogador a não só utilizar o equipamento mais adequado, mas também a técnica correta para corte e captura. O bom é que o game apresenta uma pequena biblioteca, onde cada espécie é detalhada, descrevendo o comportamento do peixe, assim como a melhor técnica e isca à ser utilizada.

Um detalhe que senti falta no game foi um modo foto, toda a vez que o jogador captura um peixe o mesmo é mostrado preso no anzol, ou se for muito grande nas mãos do pescador, porém sempre com na perspectiva em primeira pessoa, nunca permitindo mudar o angulo da visão, fazendo que seja impossível fazer a tradicional pose de pescador ostentando o seu troféu recém-capturado. Ao menos o game apresenta uma pequena cabana, onde o jogador poderá admirar devidamente expostos pelas paredes, todas as espécies de peixes obtidas.

Até o momento o jogo já conta com quatro DLCs que logicamente incluem novos mapas e espécies, que sem duvida agradará os entusiastas do gênero. Como destaque cito a DLC Amazon River, que adiciona uma mapa muito bem ambientado na Amazônia, além de incluir espécies típicas da região como a piranha e pirarucu.

Ultimate Fishing Simulator é um bom simulador de pesca, que apresenta uma ótima variação de equipamentos e espécies de peixes, com uma jogabilidade acessível e relaxante, que garante boas horas de entretenimento e que sem dúvida agradará os entusiastas do gênero.

Informações adicionais:
Nota geral: 7,5.
Tempo dedicado ao game: 22 horas.
Conquistas desbloqueadas: 34 de 88.
Dificuldade: Fácil, tornando-se difícil apenas com peixes maiores.
Fica a dica: Fique atento ao tipo de isca utilizada.
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Até vale, se for entusiasta do gênero de simulação.
Modo de jogo: Exclusivamente multiplayer.
Idioma: Em português.

Game fornecido pela Ultimate Games S.A. ao grupo Gamers do Brasil para avaliação através do programa de Curadoria Steam. Agradecemos a oportunidade!

Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Postat 5 decembrie 2019. Editat ultima dată 29 februarie 2020.
A fost această recenzie utilă? Da Nu Amuzantă Premiază
40 oameni au considerat această recenzie utilă
O persoană a considerat această recenzie amuzantă
21.4 ore înregistrate (18.8 ore pâna la publicarea recenziei)
Tenso! Muito tenso! Tenso pra C@R@LH#!!!


Após um ano e meio em acesso antecipado a Crytec nos apresenta a versão final de Hunt: Showdown, um inspirado jogo de tiro em primeira pessoa, que mistura elementos de games competitivos e cooperativos, com uma boa dose de terror e sobrevivência, em partidas totalmente online para até dez jogadores. O resultado é extremamente positivo, com um game, desafiador, tenso e prazeroso de se jogar.

O ano é 1895, estamos em uma Louisiana infestada de mortos vivos e criaturas demoníacas, você faz parte de uma linhagem de caçadores, que tem a capacidade mística de localizar e banir tais criaturas, em troca da devida recompensa logicamente, porém você não está sozinho, outros caçadores também buscam os lucros da caçada e não hesitarão em elimina-lo se necessário. Esse é o conceito básico de Hunt, o game infelizmente não apresenta uma campanha ou narrativa, focando inteiramente nas suas partidas multiplayer. Apesar disso ele busca estabelecer uma base solida para a sua ambientação, apresentando uma biblioteca com textos que vão sendo desbloqueados conforme o jogador progride no jogo, detalhando tanto as criaturas, quanto as armas utilizadas no game.

Basicamente o jogador deve explorar o amplo mapa em busca de pistas para localizar o alvo do contrato, que podem ser um dos três demônios disponíveis no jogo base, a Aranha, o Assassino e o Carniceiro, todos eles com visuais bem assustadores e originais. Após localizar e eliminar um dos alvos o jogador deve bani-lo do mundo dos vivos, aguardando um tempo para coletar a sua recompensa e assim fugir para o local de extração. Parece simples, porém o grande diferencial de Hunt é que a qualquer momento você poderá encontrar outros jogadores que buscam o mesmo objetivo e é aqui que a imprevisibilidade do gameplay se instala, pois não há como prever qual será a estratégia adotada pelos adversários, que podem tanto estar à espreita prontos para emboscá-lo, quanto avançando para obter a recompensa antes de todos e para aumentar ainda mais a tensão, assim que um jogador cumpre com o objetivo, sua localização no mapa é revelada à todos os outros jogadores, fazendo-o correr contra o tempo para escapar com vida da missão.

E todo o level design do game foi pensado para contribuir com esse clima de tensão, o cenário é amplo e cheios de lugares que facilitam as possíveis emboscadas, assim como praticamente todas a estruturas apresentam inúmeras entradas, possibilitando que os ataques possam vir de todos os lados e os sons ambientes ganham uma importância nunca vista antes em um game, cada movimento, cada interação com o cenário, cada disparo com armas e até mesmo a mera abertura de uma porta, enfim basicamente tudo no jogo emite algum tipo de ruído que poderá alertar os jogadores adversários sobre a sua posição, fazendo com que a cautela e estratégia de ataque seja fundamentais para se obter a vitória. É impossível não reconhecer o excelente trabalho que a Crytec realizou com o design de som, que aliado a excelente trilha sonora, contribuí em muito com sensação soturna que o game busca apresentar, tornando a ambientação ainda mais vivida e sombria.

Sem dúvida a ambientação é outro ponto alto do game, ao apresentar um cenário melancólico e opressor, que mesmo em plena luz do dia consegue ser assustador, com os ambientes bastante variados como áreas de pântanos e campos, que são recheados de cabanas abandonadas, tuneis, celeiros, igrejas e até mesmo um presidio em ruínas, onde a todo o momento pode revelar um inimigo à espreita, além de outros caçadores logicamente. Além da ambientação temos a excelente caracterização dos caçadores que utilizam vestimentas e armas condizentes com a época em que o game se passa, dando bastante personalidade ao game, principalmente por apresentar uma boa variedade de modelos, tanto femininos, quanto masculinos.

O jogo apresenta um sistema de progressão interessante, onde o jogador obtêm pontos de experiencia em cada partida, aumentando assim o grau da sua linhagem de caçadores, quanto maior o grau ou nível, melhores armas e equipamentos serão liberados, além disso cada caçador recrutado tem o seu próprio nível, que também aumenta conforme contratos realizados, liberando assim novos atributos, porém o jogo apresenta um sistema de morte permanente após se atingir o grau dezessete, fazendo com que caçadores e seus equipamentos sejam totalmente perdidos, caso sejam mortos durante um contrato, isso adiciona uma camada adicional de apreensão nas partidas, afinal, ninguém quer perder um personagens após horas de dedicação.

Além dos pontos de experiencia, o jogador será recompensado com "Hunt Dollars" e "Títulos de Sangue", onde o primeiro serve para adquirir armas e equipamento na loja do jogo, enquanto o segundo serve para recrutar caçadores lendários, assim como desbloquear armas lendárias. Logicamente que as famigeradas micro transações estão presentes aqui, permitindo comprar com dinheiro real as chamadas "Títulos de Sangue", dando uma leve vantagem para os jogadores que estão dispostos a pagar para desbloquear os equipamentos lendários de forma mais rápida.

A curva de aprendizado de Hunt Showdown é alta e as primeiras horas de jogo serão bem tensas e desafiadoras, principalmente pelo fato do jogo ser totalmente online, obrigando aos jogadores inexperientes a aprender as mecânicas do gameplay na pratica, competindo com jogadores já experientes, o que muitas vezes se torna frustrante, principalmente quando a derrota ocorre de forma inesperada, como levar um único tiro certeiro bem no meio da testa de uma distância impossível de ser realizada com as armas iniciais do jogo. Sem dúvida separar as partidas de acordo com o nível dos jogadores seria o ideal para balancear um pouco as partidas e até mesmo um modo treino seria indicado para ambientar melhor os novatos no game.

Em termos técnicos o game não decepciona, não apresentando problemas críticos de desempenho, porém há dois pontos que merecem ser mencionados, primeiro em vários momentos o game apresentou problemas de texturas que não são corretamente carregadas, ocorrendo principalmente com objetos interativos do cenário. O segundo problema é o tempo excessivo de carregamento do jogo, os loadings são constantes, ocorrendo não só ao se inicializar o game, mas no começo de cada partida e até mesmo no fim, deixando a parte da jogatina monótona desnecessariamente.

Mas apesar desses problemas técnicos e da frustração causada em algumas partidas, é difícil não recomendar Hunt Showdown, sem dúvida se trata de um ótimo game que merece destaque entre os lançamentos do ano, por conseguir mesclar de forma excelente elementos de jogos cooperativos e competitivos, além de apresentar uma ambientação impressionante, original e assustadora, contribuindo em muito com o tom tenso e sombrio que o game busca alcançar.

Informações adicionais:
Nota geral: 08.
Tempo dedicado ao game: 19 horas.
Conquistas desbloqueadas: 13 de 37.
Dificuldade: Alta, principalmente para jogadores iniciantes.
Fica a dica: Jogue em dupla, ficará mais fácil de se manter vivo e não tenha medo de enfrentar os inimigos, quanto mais cedo perder o receio, mais cedo o game se tornará divertido.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Para os fãs do gênero sem dúvida vale, mas caso não esteja familiarizado com o estilo do jogo talvez seja melhor aguardar uma promoção de ao menos 25%.
Modo de jogo: Exclusivamente multiplayer.
Idioma: Em inglês, com menus em português.

Game fornecido pela Crytec ao grupo Gamers do Brasil para avaliação através do programa de Curadoria Steam. Agradecemos a oportunidade!

Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Postat 31 octombrie 2019. Editat ultima dată 29 februarie 2020.
A fost această recenzie utilă? Da Nu Amuzantă Premiază
16 oameni au considerat această recenzie utilă
1.9 ore înregistrate
Belíssimo, mas infelizmente tedioso!


Blind Souls é um jogo casual de exploração, desenvolvido de forma independe pelo estúdio Playstige, composto por um único desenvolvedor. Com a proposta de ser um game contemplativo o game nos apresenta um enredo conceitual onde assumimos um pintor falecido que explora cenários oníricos com o objetivo de finalizar as suas obras inacabadas.

O game apresenta cenários belíssimos, que demonstram a competência do desenvolvedor ao criar um mundo minimamente interessante e explorável, muito bem detalhado, com vegetação viva, ruínas instigantes e uma arquitetura medieval, porém isso acaba sendo um dos poucos pontos positivos de Blind Souls, pois suas mecânicas e objetivos são mal implementados, deixando o game e seu enredo desinteressantes.

O primeiro ponto negativo do game é a sua movimentação que é extremamente lenta, obrigando o jogador a correr constantemente para conseguir explorar os cenários, algo que acaba contradizendo justamente uma das principais propostas do jogo que é explorar de forma tranquila e cuidadosa os belíssimos ambientes.

O segundo e talvez seu principal ponto negativo é a mecânica que busca simular a pintura de telas, que consiste basicamente em alterar o contraste das cores e iluminação até se chegar em uma arte desejada, tal mecânica é pouco funcional e extremamente monótona, tornando essa atividade burocrática e tediosa, ao menos a realização das telas não são obrigatórias para finalização do game.

É impossível não reconhecer os méritos do desenvolvedor ao criar Blind Souls, seus cenários belíssimos e ambientação competente podem ser motivos suficientes para conferir o game, porém no fim o seu enredo confuso e suas mecânicas pouco atrativas, infelizmente, o tornam desinteressante e de difícil recomendação.

Informações adicionais:
Nota geral: 05.
Tempo dedicado ao game: 02 horas.
Conquistas desbloqueadas: 10 de 10.
Dificuldade: Inexistente.
Fica a dica: Explore as ruínas nos cenários, para desbloquear todas as conquistas!
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Não! Indico compra-lo com no mínimo 75% de desconto.
Modo de jogo: Exclusivamente singleplayer.
Idioma: Em inglês, com legendas em português.

Game fornecido pela Playstige ao grupo Gamers do Brasil para avaliação através do programa de Curadoria Steam. Agradecemos a oportunidade!

Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Postat 10 septembrie 2019. Editat ultima dată 29 februarie 2020.
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Uma simpática jornada pelo sertão brasileiro.


Árida: Backland's Awakening é um game independente de aventura e sobrevivência, desenvolvido pelo estúdio baiano Aoca Game Lab, formado por uma pequena equipe de estudantes. O game foi lançado em agosto de 2019 e recebeu apoio tanto do governo do estado da Bahia quanto da Ancine.

Em Árida somos apresentados a pequena Cícera, uma menina de treze anos que viveu no final do século dezenove no sertão brasileiro e que ao lado do seu avô Tião se vê forçada a deixar o seu lar devido a intensa seca da região. A narrativa se demonstra simples, sendo realiza quase que inteiramente por diálogos em texto entre os personagens, com exceção de momentos importantes da trama onde a protagonista descreve parte de sua jornada em forma de poema, apesar de funcionar dentro do espoco proposto pelo game, a falta de uma dublagem para todo o elenco deixa a narrativa pouco atrativa, mesmo com o ótimo texto dos diálogos que representam de forma bem marcante os sotaques da região do sertão.

Tecnicamente Árida é bem competente dentro do que se propõem, apresentando cenários amplos e exploráveis, com uma boa dose de interação e com uma representação simples, mas realista do sertão brasileiro. Essencialmente o game é uma aventura com elementos de exploração e sobrevivência, onde basicamente o jogador deve coletar itens pelo cenário para fabricar receitas que garantirão a sobrevivência da protagonista durante a sua jornada ruma a lendária cidade de Canudos.

Contendo um sistema de fabricação simples, mas funcional, que permite que a pequena Cícera prepare receitas típicas da região como pirão de mandioca e doce de frade para saciar a sua sede e fome enquanto explora cenários cada vez mais áridos. Tal sistema busca exemplificar no gameplay as dificuldades de sobrevivência da população do sertão, fazendo o jogador buscar constantemente recursos para manter a protagonista viva, porém ele acaba se demonstrando falho justamente por apresentar uma certa facilidade de se obter recursos, o que contradiz um dos temas centrais do game que é justamente a escassez de recursos dessa região. Apesar disso o game de forma geral consegue representar, mesmo que de forma simples, como a vida no sertão pode ser sofrida.

Outro ponto que merece destaque são os coletáveis que podem ser encontrados em baús espalhados pelos cenários. Tais coletáveis fazem menção não só a objetos, mas também a costumes da região, o que sem dúvida torna o game educativo e rico culturalmente.

O game não está livre de certos bugs, como pequenos travamentos e quedas de desempenho, os próprios requisitos de sistema se demonstram exagerados para o escopo proposto, demonstrando que o game merece um maior polimento na sua otimização, mas nenhum dos problemas encontrados chegou a prejudicar a experiencia em si. Talvez o bug mais significativo seja o relacionado a conquistas, que até o momento não estão desbloqueando corretamente em alguns casos. Mas vale salientar que os desenvolvedores já realizaram duas atualizações logo após o lançamento do game e acredito que novas correções serão lançadas em breve.

Árida: Backland's Awakening peca em alguns aspectos narrativos e de mecânicas, mas de maneira geral é um bom game, que se demonstra competente naquilo que se propõem, com um conteúdo que representa de foma satisfatória parte da cultura brasileira. Fica a torcida para que as prometidas partes dois e três de Árida realmente sejam lançadas, revelando assim o final da jornada da pequena Cícera.

Informações adicionais:
Nota geral: 07.
Tempo dedicado ao game: 03 horas.
Conquistas desbloqueadas: 12 de 23, infelizmente no mínimo três conquistas não foram desbloqueadas corretamente.
Dificuldade: Extremamente fácil.
Fica a dica: Explore e busque absorver o conteúdo cultural que o game oferece!
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Sim, vale! Mas devido a duração do game aconselho a aguardar um desconto de 50%.
Modo de jogo: Exclusivamente singleplayer.
Idioma: Totalmente em português do Brasil.

Game fornecido pela Aoca Game Lab ao grupo Gamers do Brasil para avaliação através do programa de Curadoria Steam. Agradecemos a oportunidade!

Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Postat 5 septembrie 2019.
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O jogo definitivo do Cavaleiro das Trevas!


Batman: Arkham Knight quarto game de uma franquia que adaptou de forma inigualável um dos mais icônicos personagens dos quadrinhos. Desenvolvido novamente pela Rocksteady e distribuído pela Waner Bros. Lançado em junho de 2019 para PC, XOne e PS4.

Arkham Knight começa poucos meses após o final de Arkham City, o Coringa está morto e a cidade vive um breve período de calmaria, porém o retorno do assustador Espantalho coloca toda a cidade em alerta, com o objetivo de liberar o seu gás do medo sobre toda a Gotham City o vilão força a evacuação da cidade, deixando-a à mercê dos criminosos. Cabe ao Homem Morcego deter essa loucura, porém para chegar até o Espantalho o herói terá que enfrentar o misterioso Cavaleiro de Arkham.

A trama apresenta em Arkham Knight é excelente fazendo jus não só aos games anteriores, mas também ao material original dos quadrinhos ao fazer referencias as historias clássicas como A Piada Mortal e Morte em Família, apresentando uma narrativa densa, madura e envolvente. No universo de Batman é inegável que o grande vilão é e sempre será o Coringa, com a morte do personagem no game anterior ficou a pergunta de como o próximo game seria sem a presença do icônico vilão. A solução da Rocksteady para essa questão foi excelente, trazendo o personagem de volta a "vida" tornando-o uma constância em toda a trama através de alucinações do Homem Morcego. Foi um artifício inusitado, que dá um tom extremamente interessante à narrativa, garantindo excelentes diálogos que focam na dualidade dos eternos antagonistas. Se por um lado tal artifício tornou a narrativa mais envolvente, por outro confesso que tirou um pouco do brilho da mesma, pois a presença constante do personagem inevitavelmente ofusca a importância dos outros vilões apresentados na trama. Por mais que a ameaça do Espantalho e o mistério entorno da identidade do Cavaleiro de Arkham sejam muito bem trabalhados ao longo da história, fica a sensação que a narrativa não seria tão impactante sem a presença do Coringa, algo que pode ser encarado tanto como um ponto positivo, quanto negativo.

Além da campanha principal Arkham Knight apresenta inúmeras missões secundarias que aumentam ainda mais o tempo de gamplay, com um cidade ainda maior que o mapa apresentado em Arkham City, recheada dos já tradicionais coletáveis e desafios de Realidade Aumentada. O interessante aqui é que as missões secundarias apresentam pequenas narrativas que vão sendo desenvolvidas em paralelo com a campanha principal e trazem o retorno de vilões icônicos como O Duas Caras e o Pinguim, além de revelar alguns vilões não tão conhecidos assim como Professor Pig. Vale mencionar que a Rocksteady não ignora o game Arkham Origins, como muitas críticas afirmam, fazendo varias menções aos acontecimentos do jogo desenvolvido pela Waner Montreal e até mesmo trazendo de volta vilões apresentados no game de 2013, como por exemplo o incendiário Vaga-lume que ganhou uma missão secundaria inteira dedicada a ele.

Extremamente reconhecível, a jogabilidade trás alguns novos movimentos, finalizações e assessorios, além de permitir a interações com o cenário durante as lutas, assim como contar com o apoio de alguns aliados em determinados momentos da campanha, mas nada que altere o já tradicional combate fluido e dinâmico da série. A grande novidade aqui é a inclusão do Batmovel como um elemento quase que central do jogo, permitindo que o jogador explore toda a Gotham dirigindo o veículo, que mais parece um tanque, tamanha a sua imponência e tecnologia. É uma novidade interessante que acrescenta uma nova dinâmica ao gameplay, principalmente pelo fato dele ser usado de forma integrada a campanha, com missões sendo realizadas somente a bordo veículo.

Em termos de visual Arkham Knight sem duvida é o maior e mais belo de toda a franquia, apresentando personagens com feições repaginadas e extremamente realistas, além de uma Ghotam densa e ricamente detalhada, que é dividida em três ilhas que representam zonas industriais, comerciais e residenciais da cidade, tudo com o peculiar tom gótico da metrópole ficcional dos quadrinhos, mas apesar da cidade ser muito bem construída e contar com muitos conteúdos adicionais como já mencionado acima, fica a sensação que ela está "vazia" pelo fato de apenas criminosos serem encontrados nas ruas, sim o próprio game justifica que a cidade foi evacuada, mas fica difícil de aceitar que toda a população foi retirada e nem ao menos um mero mendigo possa ser encontrado nos becos escuros de Gotham, era de se esperar que alguém tivesse inevitavelmente ficado para trás e isso infelizmente acaba quebrando um pouco a imersão da narrativa.

Assim como em Batman Arkham Origins o game apresenta uma excelente dublagem em português, trazendo os mesmos dubladores dos filmes e animações da DC como Ettore Zuim e Mauro Ramos, com destaque para Márcio Simões que dubla de forma incrível o vilão Coringa, vale destacar que não só os personagens principais são muito bem representados, mas o elenco como um todo conta com vozes muito bem escolhidas, não destoando dos personagens e situações apresentadas ao longo da história.

É difícil não mencionar os problemas técnicos que o game apresentou em seu lançamento, em especial na versão de PC, problemas esses que demoraram meses para serem sanados e ficarão eternizados como um exemplo a não ser seguido na indústria de jogos, mas vale ressaltar que mesmo após a longa espera tais problemas foram devidamente corrigidos, apesar de ainda haver algumas quedas de desempenho, e que hoje o jogo pode ser aproveitado em sua plenitude.

Batman: Arkham Knight é um excelente game, com uma narrativa incrível, uma jogabilidade reconhecível e uma história digna do icônico Homem Morcego, fechando de forma magnifica uma trama iniciada em Arkham Asylum, tornando a franquia uma referencia incontestável tanto em termos de adaptação quanto de narrativa. A Rocksteady prova mais uma vez que sabe criar games com narrativas envolventes e jogabilidade prazerosa, mal posso esperar para que ela revele o seu próximo projeto.

"Ah... esse pode ser o meu melhor trabalho" - Coringa.

Informações adicionais:
Nota geral: 10.
Tempo dedicado ao game: 100 horas.
Conquistas desbloqueadas: 103 de 113.
Dificuldade: Fácil, mesmo no nível mais elevado de dificuldade o game não apresenta um grande desafio para quem já é familiarizado com a franquia.
Fica a dica: O game, assim como os anteriores, permite que as missões secundarias sejam feitas após finalizar a historia, portanto foque nas missões principais.
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Sim, vale cada centavo!
Modo de jogo: Exclusivamente singleplayer.
Idioma: Totalmente localizado para o português do Brasil.

Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Para mais análises siga a Curadoria Gamers do Brasil
Postat 10 august 2019. Editat ultima dată 10 august 2019.
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16.1 ore înregistrate (8.8 ore pâna la publicarea recenziei)
Marcante, profundo e insanamente memorável!


Hellblade Senua's Sacrifice foi apresentado pelo estúdio Ninja Theory como um jogo "double A", visando evidenciar que era possível realizar um game de forma independente que não devesse em nada aos grandes lançamentos da industria, que através das grandes publicadoras contam com altas quantias de recursos tanto de desenvolvimento, quanto de marketing e de forma bastante admirável a Ninja Theory provou seu ponto entregando um título competente não só tecnicamente, mas substancialmente ao ponto de ser aclamado não só pela crítica especializada, mas também pelo público.

No game assumimos a protagonista Senua, uma guerreira celta que viveu na época das grandes invasões vikings do século VIII, que inicia uma longa jornada por Helheim, com o objetivo de salvar a alma do seu amado Dillion, que foi brutalmente assassinado por guerreiros Vikings. É difícil descrever o enredo de Hellblade sem inevitavelmente entregar algum spoiler da trama, porém um fato que fica claro já nos primeiros minutos de jogo é da protagonista sofrer algum tipo de transtorno, algo representado pelas inúmeras vozes que falam quase que interruptamente com ela, fazendo-a questionar a realidade que a cerca.

Inegavelmente o ponto alto de Hellblade é sua narrativa envolvente, que consegue criar um vínculo entre a protagonista e o jogador ao ponto de transmitir de forma vivida toda a angústia sentida por Senua ao longo da sua jornada. Isso se deve a forma íntima e direta do desenvolvimento da história, que foca totalmente na protagonista, sem apresentar em tela informações que prejudicariam a imersão do jogador, como mapas e ícones de objetivos. Outro ponto que torna a narrativa ainda mais imersiva são as vozes ouvidas por Senua, que interagem a cada momento não só com a protagonista, mas entre si e principalmente reagindo aos comandos dados pelo jogador, dando sugestões e até mesmo criticando quando um erro é realizado, quebrando assim a chamada "quarta parede" em diversos momentos do game.

Aliado a narrativa temos o incrível visual de Hellblade, com um trabalho memorável de captura de movimento feito pela Ninja Theory, muito do peso da narrativa provem das feições da protagonista que consegue transmitir uma grande veracidade de sentimentos, rendendo diversas premiações não só ao jogo, mas também à atriz Melina Juergens. Além disso toda a ambientação e visual dos personagens é ricamente detalhado transmitindo realismo e encantamento, mesmo com um ar melancólico presente na maioria dos cenários.

Vale destacar o incrível trabalho de pesquisa que a Ninja Theory realizou no desenvolvimento de Hellblade, buscando não apenas entregar uma aventura puramente fantástica, com forte influencia das mitologias nórdica e celta, mas indo além ao apresentar um verdadeiro "estudo de caso" sobre psicose, utilizando os transtornos da doença como elementos centrais da narrativa. Outro ponto que merece destaque é o excepcional trabalho de som presente no jogo, a dublagem dos personagens, as vozes constantes na mente de Senua, os sons dos ambientes, tudo aplicado de maneira a contribuir ainda mais com a imersão da narrativa.

O game entrega mecânicas relativamente simples, mas coerentes com a proposta do jogo. Basicamente para conseguir avançar o jogador deverá resolver pequenos puzzles em cenários lineares, enfrentando de tempos em tempos guerreiros Vikings. O combate se demonstra bem cadenciado e acessível, principalmente pela variedade de inimigos ser limitada e não existir nenhum tipo de sistema de progressão, fazendo com que a estratégia de combate se mantenha a mesma do inicio ao fim da campanha. Mas mesmo não apresentando uma grande complexidade o combate é extremamente prazeroso, com destaque para as batalhas épicas com os chefes.

Logicamente Hellblade tem suas limitações, que ficam evidentes quando se olha o game em sua totalidade, bons exemplos disso são o sistema de combate pouco robusto e a pouca variedade de inimigos, assim como o fato da Senua ser a única personagem digital do jogo, com os personagens secundários sendo representados por atores reais, algo que pode ser visto como uma escolha narrativa, mas que também pode significar a limitação de recursos para realizar a captura de movimentos de todo o elenco. Mas no fim isso não desmerece em nada o resultado final obtido pela Ninja Theory.

Hellblade Senua's Sacrifice é uma obra impactante, com uma narrativa imersiva, tocante e perturbadora, que faz o jogador sentir toda a agonia da mente fragmentada da protagonista. Uma verdadeira obra de arte com valor impar, que transmite de forma poderosa o quanto uma doença, se não tratada com a devida seriedade, pode alquebrar ainda mais uma mente já prejudicada. Um game que consegue unir de forma extremamente competente uma narrativa envolvente, um visual estonteante e um gameplay prazeroso. O sacrifício de Senua é memorável e ficará eternamente gravado na minha memória.

"Quando a nossa hora chegar, devemos olhar a morte nos olhos e abraçá-la como uma amiga."

Informações adicionais:
Nota geral: 10.
Tempo dedicado ao game: 09 horas.
Conquistas desbloqueadas: 13 de 14.
Dificuldade: Fácil, tornando-se moderado apenas em alguns combates.
Fica a dica: Busque jogar de forma mais concentrada possível, para aproveitar o máximo da experiencia que o jogo oferece.
Gameplay: Clique aqui.
Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
Vale o preço? Sim, vale cada centavo!
Modo de jogo: Exclusivamente singleplayer.
Idioma: Em inglês, com legendas em português do Brasil.

Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Postat 28 iunie 2019. Editat ultima dată 7 iulie 2019.
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