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40 Personen fanden diese Rezension hilfreich
75.7 Std. insgesamt (70.4 Std. zum Zeitpunkt der Rezension)
Se torne o mestre do assassinato!

Após 5 jogos a desenvolvedora IO Interactive decidiu realizar um recomeço para a franquia Hitman, apresentando em 2016 um game que apesar do seu controverso lançamento episódico, se demonstra extremamente consistente e respeitoso aos fundamentos da franquia, incluindo mudanças pontuais que ampliam a já clássica jogabilidade furtiva do emblemático assassino profissional.

No início do game somos apresentados a um jovem Agente 47 que acabou de ser recrutado pela ICA, mas para se tornar um agente de campo deve passar em uma série de simulações de assassinato em uma das bases secretas da Agencia. Esse pequeno prólogo além de apresentar de forma excelente as principais mecânicas do game ao jogador, nos revela que o principal contato de 47, Diana Burnwood, está ao seu lado desde o inicio e de certa forma foi uma peça fundamental para que ele entrasse na organização.

De maneira geral a trama se desenvolve de forma simples, usando dos velhos artifícios narrativos como um misterioso antagonista que pode vir a se tornar um aliado no futuro e uma poderosa e misteriosa organização que manipula o mundo secretamente, e apesar de termos uma ótima apresentação nas animações entre as missões a narrativa acaba não dando respostas significativas para a trama deixando pontas soltas que ficam claras que só serão respondidas na continuação.

Mas o grande atrativo de Hitman está justamente nas suas mecânicas de furtividade e assassinato. A IO Interactive refina a fórmula utilizada em Hitman Absolution ao mesmo tempo em que a expande de forma significativa. Em cada capítulo do jogo somos apresentados a amplos mapas que ao serem explorados revelam inúmeras oportunidades que permitem executar os seus alvos das mais variadas formas possíveis.

As oportunidades são a maneira mais fácil de se assassinar os alvos, pois desencadeiam uma série de eventos pré-determinados que levam de forma tranquila o agente 47 até o seu objetivo. Porém o game acaba facilitando ainda mais ao listar de forma imediata as oportunidades, basta o jogador abrir o menu e escolher qual oportunidade deseja executar que ela é automaticamente marcada no mapa. O ideal seria que tais oportunidades só fossem reveladas após o jogador finalizar a missão pelo menos uma vez.

Logicamente que utilizar desse facilitador é algo opcional e o próprio jogador pode se dedicar a encontrar as oportunidades por conta própria, ou mesmo ignora-las buscando outras formas criativas de eliminar os seus alvos e é exatamente aqui que o game brilha pela liberdade dada ao jogador para que ele trace a sua própria estratégia, seja obtendo o melhor disfarce, seja encontrando caminhos alternativos para áreas inacessíveis, ou simplesmente ligando o fod@-se e eliminado todos aqueles que cruzam o seu caminho, as possibilidades são inúmeras e garantem um alto fator de rejogabilidade.

E todo jogo é estruturado para que o jogador sinta essa liberdade, com cenários amplos com diversos níveis, cheios de objetos que auxiliam na execução de determinadas ações e principalmente inúmeros desafios que incentivam o jogador a testar o máximo de possibilidades dentro se cada fase.

Visualmente o game não impressiona, mas também não decepciona, com um visual que lembra muito Hitman Absolution. O destaque fica para os cenários que estão ricamente detalhados e belos apresentando uma ambientação bem convincente, apesar de apresentar certa repetitividade de personagens não jogáveis.

Mecanicamente o game é extremamente reconhecível para os jogadores que conferiram os games anteriores, inclusive mantendo a movimentação um pouco robótica do Agente 47. Outro detalhe que poderia ter sido melhorado é o excesso de comandos, tendo um comando diferente para cada ação do personagem, como por exemplo, as ações para coletar itens, esconder corpos, ou vestir trajes são todos feitos por botões distintos, o que diminui a fluidez do gameplay.

Além dos diversos objetos que são encontrados no cenário o jogador terá acesso a um limitado, mas interessante, arsenal que aumenta na medida em que o jogador cumpre os objetivos e desafios ao longo das missões, com isso temos uma variedade de customizações para as icônicas pistolas com silenciador do Agente 47, rifles de precisão com alcances distintos e diversos tipos de explosivos, entre eles até mesmo patos de borracha, sendo um pequeno easter egg para os fãs da franquia, fora que cada missão conta com trajes e armas únicas, como tacos de baseball, katanas e até mesmo um machado de batalha.

Hitman é um ótimo game do gênero stealth, que entrega uma trama rasa e pouco inspirada, mas que compensa o jogador com um gameplay prazeroso e um alto fator de rejogabilidade, cheio de possibilidades que dá a liberdade que os fãs da franquia sempre almejaram.

"Você definiu a arte e isso define você!"

Informações adicionais:
  • Nota geral: 08.
  • Tempo dedicado ao game: 70 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 62 de 69.
  • Dificuldade: Fácil.
  • Fica a dica: Rejogue as missões ao menos uma vez.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim vale! Mas como o game já foi lançado a 5 anos aconselho a compra-lo com no mínimo 50% de desconto.
  • Modo de jogo: Singleplayer e multiplayer.
  • Idioma: Inglês com legendas em português.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Verfasst am 30. Januar 2021. Zuletzt bearbeitet am 12. März 2021.
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100 Personen fanden diese Rezension hilfreich
3 Personen fanden diese Rezension lustig
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326.3 Std. insgesamt (317.2 Std. zum Zeitpunkt der Rezension)
Imersivo, grandioso e memorável!

O primeiro Red Dead Redemption não só marcou a sétima geração de consoles, mas também a própria indústria dos games. Considerado como um dos melhores games da última década parecia improvável que uma continuação pudesse superar o game de 2010, foi necessário oito anos para termos a resposta e a Rockstar mais uma vez provou que é insuperável ao criar mundos abertos imersivos e narrativas memoráveis. Desenvolvido pela Rockstar North o game foi lançado em outubro de 2018 para PlayStation 4 e Xbox One, chegando aos PCs Stadia em novembro de 2019.

É difícil descrever de forma simples a experiência de Red Dead Redemption 2, tanto narrativamente quanto como um jogo em si. Primeiro somos apresentados a um grande épico de faroeste, que referencia todas as principais características do gênero, segundo, mas não menos importante somos apresentados a um mundo aberto imersivo, belo e realista, como poucas vezes visto nos games na última década.

Na trama assumimos Arthur Morgan, membro da gangue Van der Linde, em uma história que se passa antes dos acontecimentos do primeiro game, entre os anos 1899 e 1911. A história já começa de forma cinematográfica e dramática, com a gangue liderada por Dutch Van der Linde buscando abrigo em meio a uma forte tempestade, surpreendendo o jogador ao revelar que a famigerada gangue Van der Linde, na verdade não era formada apenas por foras da lei, mas também por homens e mulheres comuns que, sobre a liderança do carismático e idealista Dutch, buscam viver de forma livre negando o avanço da civilização no final do século XIX.

Se no primeiro Red Dead Redemption acompanhamos a jornada solitária de Jonh Marston para recuperar a sua família, no segundo game vemos uma jornada ainda mais profunda, porém com foco na busca de Arthur em manter os membros da gangue unidos e a salvo, que é para ele o mais próximo de uma família e o desenrolar da história busca fortalecer esse sentimento de pertencimento e comunidade, desenvolvendo de forma gradativa os laços entre o protagonista e os membros da gangue.

Arthur consegue ser um personagem tão carismático e ainda mais complexo que o próprio Jonh Marston, inicialmente o protagonista é representado como um típico criminoso do velho oeste, durão, com olhar intenso, que busca sobreviver em um mundo que renega o seu estilo de vida, mas conforme a trama se desenvolve o personagem cresce ao perceber que tudo está prestes a ruir e que os ideais de Dutch só trarão ainda mais sofrimento para os membros da gangue. O final da jornada de Arthur é arrebatador, quase tão marcante e intenso quanto o final do primeiro game e embalado com e intensa trilha sonora original fazem da história de Red Dead Redemption 2 algo memorável.

Mas apesar da ótima narrativa com sua história marcante, um ponto que merece ser mencionado é a longa duração da campanha principal, que pode ser encarada tanto de forma negativa, quanto positiva. Sendo desenvolvida em seis capítulos a campanha ultrapassa facilmente às sessenta horas de jogo, com um ritmo extremamente cadenciado dando todo o espaço necessário para o desenvolvimento não só do protagonista, mas também de todo o elenco de apoio, criando assim um vinculo maior com os personagens, porém por mais que eu tenha aproveitado cada minuto da campanha é inegável que ela poderia ter sido um pouco menor, com algumas subtramas podendo ser suprimidas para tornar a narrativa mais consistente.

Ao lado na incrível trama temos a excepcional ambientação apresentando um mundo aberto vivo, realista e belo. A imersão do mundo de Red Dead Redemption 2 é comparável e de certa forma supera ao visto em The Witcher 3. Enquanto o primeiro Red Dead Redemption já impressionava com uma ambientação desértica, mas extremamente viva, o segundo game surpreende não só pela sua grandiosidade geográfica, mas também pela sua riqueza de detalhes. É simplesmente indescritível a sensação de realismo que os cenários transmitem com belíssimos vales, florestas, pântanos e inúmeros pequenos biomas que aliados a rica flora e fauna tornam o mundo de Red Dead incomparável e coroando essa incrível ambientação temos todo o espetáculo gerado pelo clima dinâmico que surpreende o jogador a todo momento com belíssimos pores do sol, noites iluminadas pelo luar ou inusitadas tempestades.

Logicamente que um mundo aberto enorme se torna desnecessário caso não apresente conteúdo que justifique a sua existência, por outro lado o excesso de atividades pode deixar a exploração maçante e repetitiva. Red Dead 2 consegue equilibrar de forma incrível esses dois fatores. Primeiro preenchendo o mapa com inúmeros segredos, coletáveis e locais únicos, porém sem saturar o mapa com pontos de interesse ou interrogações, tornando a exploração totalmente orgânica e prazerosa, nunca forçando o jogador a fazer algo indesejado. Um bom exemplo disso é os encontros aleatórios que podem desencadear pequenas missões ou até mesmo grandes narrativas que se desenvolvem em paralelo com a campanha principal.

Mecanicamente o game não decepciona, com uma jogabilidade prazerosa, que alterna de maneira equilibrada entre os momentos de ação intensa, exploração e desenvolvimento da história. Porém o game busca apresentar um realismo desnecessário em todas as ações do protagonista, implementando assim um excesso de mecânicas que poderiam ser eliminadas em nome da fluidez do gameplay. Por exemplo, para pegar um simples item será necessário pressionar por alguns segundos determinado botão enquanto o personagem realiza a animação coletando tal item, em um primeiro momento esse realismo até impressiona, mas após poucas horas esse excesso de mecânicas acaba deixando comandos simples desnecessariamente maçantes.

No primeiro game havia um tímido sistema de caça, onde o jogador poderia abater e coletar partes dos animais encontrados, era um sistema simples que funcionava como um pequeno bônus. Já em Red Dead 2 o sistema de caça se tornou muito mais robusto e interessante, primeiro com a possibilidade de não só caçar os animais, mas também rastreá-los e analisa-los para determinar assim a melhor forma de abatê-los. Fora que as partes coletadas dos animais podem ser vendidas ou utilizadas para criar novos itens, como alimentos, novos trajes e assessórios. É um sistema simples, mas que devido a quantidade generosa de espécie de animais disponíveis, ao lado da belíssima ambientação, tornam a experiência de caça bastante prazerosa e imersiva.

Red Dead Redemption é um game excepcional, com um mundo aberto incrivelmente imersivo e realista, uma narrativa lenta, mas extremamente profunda e marcante, cheia de ação intensa e momentos emocionantes. A jornada de Arthur Morgan ao lado da gangue Van der Linde é memorável e sem dúvida é uma experiência indispensável para os fãs do gênero. Mais uma vez Rockstar nos presenteia com um game inesquecível.

"Significaria muito para mim" - Arthur Morgan.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 10.
  • Tempo dedicado ao game: 317 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 48 de 51.
  • Dificuldade: Fácil.
  • Fica a dica: Simplesmente jogue!
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Inegavelmente R$ 239,00 é um valor muito elevado para qualquer jogo, mas caso seja um fã do gênero o alto custo será facilmente justificado pela quantidade de conteúdo.
  • Modo de jogo: Singleplayer e multiplayer.
  • Idioma: Inglês com legendas em português.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Verfasst am 31. Dezember 2020. Zuletzt bearbeitet am 31. Dezember 2020.
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0.2 Std. insgesamt
Um final mediano, para um game grandioso!

Mass Effect 3, RPG de ação, em terceira pessoa, que encerra a trilogia de ficção científica iniciada em 2007, desenvolvido pela BioWare e distribuído pela Eletronic Arts. Lançado em março de 2012, pra XBox 360, PS3, Wii U e PC, podendo ser jogado no XOne através da retrocompatibilidade.

Mass Effect 3 nos traz o derradeiro final na jornada do emblemático comandante Shepard e sua luta para deter os temíveis e enigmáticos Reapers, porém nesse terceiro game a ameaça real da raça cibernética finalmente é revela, colocando em cheque não só a raça humana, mas a sobrevivência de toda a galáxia. Já no início do game a terra é invadida pelos Reapers, deixando apenas uma opção para Shepard, fugir e buscar ajuda externa. A campanha se desenvolve sobre essa premissa, com Shepard novamente percorrendo a galáxia em busca de aliados, porém com um nível de urgência bem maior que os games anteriores.

Apesar do polêmico final, que ignora basicamente todas as escolhas do jogador ao longo da trilogia inteira, a trama de Mass Effect 3 é excelente dando uma ótima sensação de urgência, afinal os Reapers finalmente se revelaram e estão espalhando o caos por toda a galáxia, garantindo missões bem dramáticas ao longo da campanha. Além disso, a narrativa do game tem todo um tom de despedida e encerramento, concluindo tramas iniciadas no primeiro game e o melhor, resgatando quase todos os aliados de Shepard ao longo da trilogia. Apenas para citar dois exemplos temos a emocionante cura da genophage e o retorno, após séculos, dos Quarians ao seu planeta natal, dois fatos importantíssimos na mitologia da franquia.

O game mantém a sua jogabilidade fluida, tendo uma pequena melhoria na movimentação do personagem, dando bastante foco na ação frenética, intercalando os momentos de ação e calmaria, sempre revelando batalhas grandiosas com chefes colossais. As armas voltaram a ter uma grande variedade, podendo ser melhoradas e alteradas, o mesmo pode ser dito das habilidades dos personagens, que ao chegarem ao rank quatro dão a opção de escolha entre duas melhorias, dando uma boa sensação de variedade ao gameplay.

A ambientação continua excelente, apesar da maior parte do game se passar em lugares fechados e lineares, o level design não deixa a desejar e entrega ótimos mapas que favorecem a ação do game. Destaque fica para os momentos em que a batalha envolve os grandiosos Reaper. Além disso, há uma grande variedade de inimigos, que vão desde soldados humanos à versões tecnorgânicas, dominadas pelos Reapers, de quase todas as raças do jogo, com destaque para Banshee, versões Reapers das Asaris, que são extremamente difíceis de serem derrotadas.

Além da campanha, o game conta com um modo multiplayer, onde jogadores enfrentam de forma cooperativa hordas de inimigos. Confesso que não cheguei a explorar por completo esse modo, mas é uma boa opção para aumentar ainda mais o tempo de vida útil do jogo, principalmente quando se jogo com os amigos.

Por mais que a trama de Mass Effect seja incrível e muito bem desenvolvida, a sua essência sempre foi o relacionamento entre os seus personagens e em como cada escolha do jogador afetaria tais relacionamentos e Mass Effect 3 consegue ser fiel a tal conceito e mantém uma boa dose de dramaticidade no encerramento da jornada de Shepard. Para aqueles que acompanharam tal jornada do início ao fim dificilmente não se emocionaram com a despedida e sacrifício feito por alguns personagens.

Mass Effect 3 é um excelente RPG de ação e ficção cientifica, por mais que o final tenha decepcionado boa parte dos fãs, isso de maneira alguma desmerece o jogo na sua totalidade, pois a sua ótima jogabilidade, sua narrativa bem construída e envolvente e o tom de urgência e despedida fazem a jornada de Shepard valer a pena.

"Eles são os únicos que estão ao seu lado até no pior momento, nunca desistem de você." - Shepard.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 09.
  • Tempo dedicado ao game: 54 horas na Origin.
  • Conquistas desbloqueadas: 44 de 68 na Origin.
  • Dificuldade: Mediana, se tornando bem desafiadora no modo Insano.
  • Fica a dica: Aproveite ao máximo as sub-tramas do jogo, não irá se arrepender.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? O jogo base até vale os 89 reais, mas pagar mais 89 reais pelas DLCs é sacanagem dona EA, aconselho a comprar o pacote completo com 50%.
  • Modo de jogo: Singleplayer, com modo multiplayer cooperativo.
  • Idioma: Em inglês, mas com tradução disponível no site TriboGamer.
Publicado originalmente em agosto de 2017 no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Verfasst am 21. Dezember 2020. Zuletzt bearbeitet am 21. Dezember 2020.
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67 Personen fanden diese Rezension hilfreich
2
73.0 Std. insgesamt (3.5 Std. zum Zeitpunkt der Rezension)
Tão grandioso quando Dragon Age Origins!

Dragon Age Inquisition é o terceiro game do RPG de ação e fantasia desenvolvido pela Bioware e distribuído pela Eletronic Art. Lançado em novembro de 2014 para PC, XOne, 360, PS4 e PS3, ganhando uma versão Game of the Year em outubro de 2015.

Na trama o jogador assume o único sobrevivente de uma enigmática explosão que causou a morte da Divina Justinia V, representante supremo da religião dominante do universo do jogo. A explosão acaba abrindo uma imensa brecha nos céus, da qual começa a emergir inúmeros demônios que ameaçam todo o continente.

A história gira em torno da Inquisição, uma organização independente criada justamente para deter a brecha enquanto tenta amenizar o conflito entre magos e templários. Ironicamente o protagonista é o único capaz de fechar o portal, devido a uma enigmática marca em sua mão, fazendo dele o centro das atenções e consequentemente o líder da Inquisição. A trama é muito bem desenvolvida, mesclando os diversos temas tratados nos games anteriores, como o conflito entre Magos e Templários, a Podridão e sua horda de Crias das Trevas e as intrigas políticas entre os reinos de Ferelden e Orlais.

A narrativa de Inquisition é excelente, expandindo de forma muito significativa o universo da série, apresentando novas culturas, subtramas e personagens carismáticos, além de amarrar de forma coerente às diversas pontas soltas deixadas nos jogos anteriores e logicamente criando novas tramas para futuras sequencias. Apesar de o enredo ser tão grandioso quanto o do primeiro jogo, confesso que em diversos momentos o achei pouco envolvente e de certa forma disperso, devido a quantidade enorme de missões secundarias que acabam tirando o foco da campanha principal, porém o final do jogo é excelente, dando um ótimo direcionamento para o próximo capitulo da série.

Talvez essa sensação de dispersão seja o principal problema de Inquisition, pois a trama consegue passar uma ótima sensação de urgência, porém a quantidade de conteúdo no game faz o jogador se perder muito facilmente em meio a inúmeras missões secundarias, coletáveis intermináveis e atividades adicionais que infelizmente se tornam repetitivas após algumas horas de gameplay, principalmente quando se percebe que a estrutura do jogo se mantém a mesma por toda a campanha, pois basicamente a cada mapa descoberto sempre haverá as mesmas atividades a serem realizadas, como estabelecer acampamentos, conquistar fortes, fechar fissuras e coletar itens pelo cenário.

Mas apesar dessa sensação de repetitividade o game oferece uma ambientação belíssima e viva, com mapas apresentando fauna e flora distintas, dando uma ótima sensação de originalidade ao game e permitindo que o jogador explore florestas, desertos e ruínas élficas e apesar do game não apresentar um mundo aberto único, mas sim sendo dividido em diversas regiões sem ligações entre si, os mapas são extremamente amplos e detalhados, com inúmeros segredos que garantem boas horas de exploração.

O game ainda conta com um mapa tático, onde o Inquisidor ao lado de seus conselheiros define os próximos passos da Inquisição, delegando missões aos seus aliados que rendem pontos de influência, além de outros recursos, que são utilizados tanto para fortalecer a organização, quanto para desbloquear novos mapas e missões. Esse modo é bem interessante e dá um caráter mais abrangente ao enredo, pois mostra o mapa de quase toda a Thedas.

Uma característica marcante dos jogos da Bioware é seus personagens muito bem escritos e Inquisition isso se mantém, os diversos aliados e companheiros que o jogador encontra durante a jornada apresentam personalidades únicas e cada um deles revelam histórias e subtramas únicas e envolventes, dando uma boa profundidade aos relacionamentos entre o protagonista e os personagens coadjuvantes. Como destaque menciono os personagens Cullen e Backwall que apresentam dilemas profundos que fortalecem o laço com o protagonista.

Quanto a jogabilidade o game busca fundir os elementos táticos do primeiro jogo, com o foco na ação do segundo, porém a jogabilidade rápida e dinâmica se sobressai sobre o aspecto estratégico, fazendo as funcionalidades táticas serem poucos utilizadas. A árvore de habilidades é bem variada, porém transmite a sensação de simplicidade, pois muitos pontos são gastos apenas para melhorar habilidades já existentes, além disso, o progresso é lento, dificultando a sensação de progressão durante a jogatina.

Em termos de customização de longe Inquisition é o melhor da série, permitindo novamente escolher raça, sexo e classe, além de apresentar um dos melhores editores de aparência da atualidade, a riqueza de detalhes presente no editor de rostos é tão grande que o jogador poderá inclusive emular rostos reais. Logicamente que a customização não se resume a aparência, pois tanto armas, armaduras e equipamentos podem ser melhorados e customizados conforme o tipo de material utilizado, apresentando inclusive variações no visual de acordo com a raça e sexo do personagem. Por exemplo, uma mesma armadura terá um visual diferente se utilizada por um humano, ou por um qunari, dando o jogo assim uma ótima sensação de variedade.

O sistema de fabricação do jogo está bem robusto, principalmente se comparado com os jogos anteriores, permitindo não só criar novas armaduras e armas, mas também as customizando, mas para isso o jogador terá que coletar os diversos recursos espalhados pelos cenários e de acordo com a sua raridade as melhorias se tornam mais eficientes. Não é nada inovador, mas o sistema de craft se demonstra funcional e agradará os jogadores que apreciam dedicar horas explorando e fabricando itens únicos e melhores.

A variedade de inimigos é grande, trazendo não só oponentes já conhecidos como os Dark Spawns e Demônios do Fade, mas também incluindo novas facções inimigas, como os Templários Vermelhos e os Magos de Tevinter, assim como uma ampla gama de feras selvagens encontradas de acordo com a região de Thedas e logicamente temos os Dragões, que sem dúvida são o grande destaque do jogo por serem grandiosos e majestosos, destoando totalmente da representação simplória dos jogos anteriores e o melhor é que o confronto com tais criaturas lendárias é excelente e desafiador, exigindo do jogador uma boa dose de estratégia que varia de acordo com o tipo de dragão enfrentado.

Dragon Age Inquisition é um excelente RPG, que comete alguns deslizes em sua execução, mas que consegue se sobressair ao expandir de forma muito consistente o já rico universo da franquia, criando algo novo e ao mesmo tempo reconhecível por fundir elementos dos games anteriores. Um game indispensável para os fãs da franquia e sem dúvida uma ótima opção para os fãs do gênero de fantasia.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 09.
  • Tempo dedicado ao game: 152 horas na Origin.
  • Conquistas desbloqueadas: 50 de 69 na Origin.
  • Dificuldade: Mediana.
  • Fica a dica: Busque os 100% somente após finalizar o game.
  • Gameplay: Em breve.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Por melhor que o game seja, R$ 200,00 por um game 2014 é muito caro. Sugiro compra-lo com no mínimo 50% de desconto.
  • Modo de jogo: Singleplayer e multiplayer para partidas cooperativas em modo aparte.
  • Idioma: Inglês, com legendas em português do Brasil.
Publicado originalmente em outubro de 2018 no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Para mais análises siga a Curadoria Gamers do Brasil
Verfasst am 15. Dezember 2020.
War diese Rezension hilfreich? Ja Nein Lustig Preis verleihen
35 Personen fanden diese Rezension hilfreich
1 Person fand diese Rezension lustig
75.9 Std. insgesamt (4.4 Std. zum Zeitpunkt der Rezension)
Um bom RPG, porém inferior ao seu antecessor!

Quando Dragon Age II foi anunciado, a expectativa não poderia ser maior, afinal Dragon Age Origins foi, sem sombra de dúvida um dos maiores RPGs da última década, porém ao ser lançado o segundo game da franquia não superou as expectativas, minha decepção foi tanta que nem me dei ao trabalho de finaliza-lo, mas com o lançamento do terceiro game da franquia me motivei a rejoga-lo e finalizar a campanha, e não é que fui surpreendido ao mudar o meu conceito inicial do game.

É impossível e ilógico não comparar Dragon Age II com o seu antecessor e esse é justamente o maior problema do game, enquanto em Dragon Age Origins é mostrado a jornada dos Grey Wardens para unir toda a Ferelden com o objetivo de deter a “Ruina” e derrotar o Archdemon, em Dragon Age II a trama é resumida na ascensão ao poder de um personagem pouco expressivo em meio a intrigas políticas em uma única cidade que se mostra extremamente genérica.

Na trama assumimos Hawke, um cidadão de Ferelden que com a chegada da Ruina, decide fugir com a sua família para Kirkwall, uma cidade litorânea ao norte do continente. Chegando na cidade, sem nenhum recurso, tendo que cuidar da sua mãe e irmã, ou irmão, dependendo da classe que escolher, é obrigado a buscar trabalho como mercenário e assim começa a jornada de Hawke em Kirkwall em busca de ascensão, que o leva a se envolver em diversas tramas que cominam no tenso conflito entre Magos e Templários.

No universo de Dragon Age os magos são reprimidos e controlados pela Chantry, através dos cavaleiros templários, a trama do segundo game dá maior destaque para esse conflito, mostrando aos pouco os males que ambos os grupos submetem aos seus opositores, com o desenvolvimento da história Hawke acaba se envolvendo em tal conflito e aos poucos é obrigado a tomar partido de um dos lados.

A história de forma alguma é ruim, é muito bem desenvolvida e consegue transmitir a tensão crescente entre Magos e Templários, mostrando de forma coerente o ponto de vista de ambos os grupos, tornando bastante difícil tomar partido de um deles. No final acabei optando ficar ao lado dos magos, já que não concordava com o regime opressivo dos templários, mas admito que os cavaleiros da Chantry tinham os seus motivos, já que muitos magos se aliaram a demônios para alcançar os seus objetivos.

O que contribui em muito com o envolvimento com a trama é o fato dos diversos companheiros de batalha de Hawke terem opiniões e interesses próprios no conflito entre magos e templários, com destaque para Marril, uma maga de sangue que tem toda uma visão distinta sobre a magia, Fenris um ex-escravo que foi extremamente torturado por magos e Anders, um mago que a anos tenta fugir na opressão dos Templários.

Em termos de jogabilidade o game sofreu algumas alterações ficando bem semelhante a um game de ação, o combate está bem mais fluido e direto, indo totalmente ao contrário do primeiro game, onde a ação era mais lenta e a jogabilidade bem mais tática, em Dragon Age II não importa qual classe escolha, seu personagem sempre será ágil e desferirá golpes intensos e rápidos, isso com certeza agrada os novos jogadores, mas deixou muito a desejar para aqueles que gostaram da proposta mais estratégia da jogabilidade do primeiro game.

A jogabilidade não foi a única a sofrer alterações, os visuais dos Darkspawns, Elfos e Qunaris sofreram algumas mudanças. Os Qunaris ganharam grande chifres que deixou os grandes guerreiros de pele cinza ainda mais imponentes. Já os elfos ganharam orelhas ainda mais pontiagudas e maiores e seus narizes se tornaram alinhados com suas testas, fazendo seu visual ficar bem característico e único. As mudanças, em ambas as raças, me agradaram bastante, pois deu mais identidade ao game, porém as mudanças feitas nos Darkspawns, não me agradaram nem um pouco, suas feições foram mudadas, fazendo-os parecer zumbis genéricos e não lembrando nem um pouco as criaturas assustadoras do primeiro game.

A ambientação do game foi bem reduzida se comprado ao primeiro, enquanto em Origins você explorava toda a Ferelden, passando por diversos cenários distintos e únicos, em Dragon Age II, tudo se resume a cidade de Kirkwall e seus diversos distritos, o game até permite explorar os alguns ambientes fora da cidade, mas eles são bem genéricos e limitado, na verdade tudo se torna meio genérico depois de algum tempo de jogatina, já que o game ao longo da trama te leva sempre para os mesmos lugares e cenários.

Dragon Age II de forma isolada é um bom RPG de ação, que peca em alguns aspectos, mas que apresenta uma boa história que expande de forma satisfatória o universo de Dragon Age, mas como deixado claro ao longo dessa análise o game se torna mediano se comparado com o seu antecessor. Um game indicado para os fãs da franquia que querem se aprofundar um pouco mais no universo de Dragon Age e o conflito entre Templários e Magos.

“Se torne o Campeão de Kirkwall”[/i]

Informações adicionais:
  • Nota geral: 07.
  • Tempo dedicado ao game: 44 horas na Origin.
  • Conquistas desbloqueadas: 36 de 50 na Origin.
  • Dificuldade: Fácil.
  • Fica a dica: Jogue pela história.
  • Gameplay: Em breve.
  • Imagens durante a jogatina: Clieque aqui.
  • Vale o preço? Até vale, mas aconselho a pegar com 50% de desconto.
  • Modo de jogo: Exclusivamente singleplayer.
  • Idioma: Inglês com tradução disponível no site Tribo Gamer.
Publicado originalmente em dezembro de 2014 no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Para mais análises siga a Curadoria Gamers do Brasil
Verfasst am 13. Dezember 2020. Zuletzt bearbeitet am 13. Dezember 2020.
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31 Personen fanden diese Rezension hilfreich
9.9 Std. insgesamt
Um pequeno pesadelo memorável!

Little Nightmares nos apresenta uma pequena aventura sombria, onde uma misteriosa garota, trajando uma peculiar capa de chuva amarela e "armada" com um pequeno isqueiro, busca fugir de um assustador navio, enquanto a horripilante tripulação tenta captura-la. Lançado em abril de 2017 para PC, XOne e PS4, chegando ao Nintendo Switch em maio de 2018, sendo desenvolvido pelo estúdio independente Tarsier Studios e distribuído pela Bandai Namco Entertainment.

Essencialmente Little Nightmares é um game de plataforma com pequenos quebra-cabeças que precisam ser resolvidos para se poder avançar, mas assim como Limbo e Inside, ele se destaca pela sua direção artística marcante, narrativa enigmática e atmosfera sombria. Proporcionando uma experiência impar e envolvente.

O enredo é desenvolvido de forma totalmente visual, não havendo textos, diálogos ou introdução, nem mesmo o nome da pequena protagonista é mencionado. Com uma narrativa enigmática que apresenta mais questionamentos do que respostas, deixando a cargo do jogador criar as suas próprias teorias do que de fato está acontecendo. Como a pequena menina foi parar na bizarra embarcação? Quem é a misteriosa senhora que controla o local? Por que os seus passageiros parecem ter uma fome insaciável? Qual a origem dos pequenos e simpáticos seres com a cabeça em forma de cone? Todos esses questionamentos não são claramente respondidos, mas justamente por isso tornam o enredo envolvente e interessante.

As mecânicas e jogabilidade seguem a cartilha estabelecida nos jogos de plataforma, onde obstáculos nos cenários 2D devem ser superados para se avançar, permitindo pequenas interações com o ambiente. Os quebra-cabeças são chegam a surpreender, se demonstrando bastante intuitivos e fáceis de se resolver, deixando assim o gameplay bastante fluido e objetivo. Mas apesar da aparente facilidade o level design geral do game é excelente e aliados à ótima jogabilidade deixam o game extremamente prazeroso de se jogar.

A campanha principal é relativamente curta, podendo ser finalizada facilmente em menos de 3 horas, porém a imersão que o game oferece faz com que a percepção de tempo seja facilmente deixada de lado, com momentos tensos, pequenas reviravoltas e um final surpreendente. O game ainda conta com três DLCs que acrescentam pequenas narrativas que se interligam com a campanha principal, porém o conteúdo adicional se demonstra menos expressivo que o jogo base, apesar de apresentar um final igualmente marcante.

A direção artística do game, ao lado da sua narrativa, é um dos maiores destaques de Little Nightmares, nos apresentando um conto sombrio e instigante, com cenários frios, criaturas caricatas e seres humanoides horripilantes, como o zelador com os seus imensos braços, ou os mórbidos cozinheiros que não excitam em utilizar a pequena protagonista como ingrediente adicional em suas receitas.

Little Nightmares é um excelente game, que mesmo com sua curta duração consegue entregar uma experiência extremamente satisfatória, com uma narrativa enigmática e atmosfera sombria que tornam o game marcante e surpreendente. Um pequeno pesadelo que vale a pena ser vivenciado e apreciado em sua totalidade.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 09.
  • Tempo dedicado ao game: 10 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 20 de 21.
  • Dificuldade: Fácil.
  • Fica a dica: Jogue a DLC na sequencia.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Devido ao seu preço elevado não vale, sugiro compra-lo com no mínimo 50% de desconto.
  • Modo de jogo: Exclusivamente singleplayer.
  • Idioma: Interface e textos em português.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Verfasst am 21. November 2020.
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2
2.8 Std. insgesamt
Um pouco de cor a um mundo cinza.

Flower é um belíssimo e contemplativo game desenvolvido pela Thatgamecompany e pelos desenvolvedores Jenova Chen e Nicholas Clark, que criariam posteriormente o aclamadíssimo Journey. Inicialmente lançado em fevereiro de 2009 para PS3, chegando anos depois ao PS4 e PS Vita, permanecendo exclusivo para as plataformas da Sony por dez anos o game chegou aos PCs em fevereiro de 2019, sendo distribuído pela Annapurna Interactive.

Mecanicamente Flower é um game extremamente simples, onde o grande objetivo do jogar é conduzir uma pequena pétala pelo ar para fazer outras flores desabrocharem, coletando assim mais pétalas e desbloqueando novas áreas dos cenários. O desafio basicamente se resume a coletar o máximo de pétalas da forma mais precisa possível antes de prosseguir para a próxima área, além de encontrar algumas flores secretas entre as seis fases disponíveis, há ainda uma fase adicional que revela de maneira inusitada os créditos do jogo.

Mas o grande destaque Flower é compensar a sua simplicidade com uma camada inspirada de contemplação e uma excelente e relaxante trilha sonora. O visual pode parecer simples, mas a construção de ambientes aliada a movimentação da vegetação rasteira e as vibrantes pétalas resultam em um belíssimo balé de cores e emoções tornando a experiência quase que poética, caso o jogador esteja aberto a isso.

Flower é um game intimista, contemplativo e cativante. Com uma jogabilidade casual e um visual encantador. Um game precursor, que deu origem à Journey e tantos outros jogos que buscam levar a mídia dos vídeos games ao patamar de obras de arte.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 08.
  • Tempo dedicado ao game: 3 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 10 de 14.
  • Dificuldade: Fácil, extremamente fácil.
  • Fica a dica: Simplesmente jogue!
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim, vale!
  • Modo de jogo: Exclusivamente singleplayer.
  • Idioma: Interface em português.
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Verfasst am 25. Oktober 2020. Zuletzt bearbeitet am 18. November 2020.
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18.6 Std. insgesamt
A Minimalista Arte da Guerra.

Descrito como um "roguelite tático em tempo real", Bad North consegue de forma bastante satisfatória mesclar a simplicidade de um game casual, com a complexidade de um game de estratégia. Desenvolvido pelo estúdio independente Plausible Concept, distribuído pela Raw Fury e lançado em novembro de 2018 para PC.

O game não apresenta uma narrativa, basicamente o jogador assume o comando de alguns poucos soldados em uma pequena ilha, com o objetivo de defender a todo custo o povoado de uma invasão Viking vinda de todos os lados. Graficamente o game apresenta um visual caricato, porém minimalista e cativante, com cenários gerados aleatoriamente apresentando um nível de detalhe equilibrado dando bastante identidade ao game. Os soldados, apesar de lembrarem pequenos bonecos disformes de massa de modelar, conseguem se destacar pelos pequenos detalhes que diferenciam as diversas classes.

Aliado ao visual minimalista temos um ótimo sistema de combate, que se demonstra simples em sua essência, onde o jogador deverá posicionar de forma efetiva cada grupo de unidades para se defender das invasões Vikings, porém conforme mais ilhas são desbloqueadas, novas classes de inimigos vão sendo adicionadas exigindo assim que o jogador movimente de forma tática as suas unidades pela ilha. Por exemplo, os arqueiros conseguem eliminar de forma rápida unidades inimigas antes mesmo delas desembarcarem na ilha, mas acabam perdendo a efetividade assim que inimigos com escudo começam a aparecer, além de serem extremamente fracos em combates corpo a corpo.

Com um sistema de progressão simples e funcional o game conta com apenas três classes de soldados, arqueiros, lanceiros e guerreiros, cada uma com habilidades distintas que podem ser melhoradas conforme se obtém moedas de ouro, assim como a possibilidade de utilizarem artefatos e equipamentos especiais que concedem a cada general uma habilidade adicional, como a utilização de minas explosivas ou o aumento da quantidade de soldados.

O grande atrativo de Bad North está no seu equilíbrio entre o casual e a estratégia tática, com seu gameplay extremamente acessível, que não exige um grande gerenciamento de tropas e recursos do jogador, ao mesmo tempo em que apresenta uma dificuldade gradativa que garante boas doses de desafios nas ilhas mais avançadas. Outro aspecto interessante é que as partidas são extremamente curtas, durando entre 3 a 8 minutos, dando uma ótima sensação de progressão rápida ao jogo.

Sem dúvida Bad North é um excelente jogo e uma ótima recomendação tanto para os fãs de games casuais e minimalistas, quanto para os aficionados em jogos de estratégia que desejam experimentar algo novo dentro no gênero. Um game visualmente cativante, com um sistema de combate acessível sem deixar de proporcionar uma boa dose de desafio.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 09.
  • Tempo dedicado ao game: 19 horas.
  • Dificuldade: Moderada, tornando-se difícil nas últimas ilhas.
  • Fica a dica: Potencialize o dano dos arqueiros assim que possível.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim, vale!
  • Modo de jogo: Exclusivamente singleplay.
  • Idioma: Interface e textos em português.

Game fornecido pela Raw Fury ao grupo Gamers do Brasil para avaliação através do programa de Curadoria Steam. Agradecemos a oportunidade!

Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Verfasst am 20. Oktober 2020. Zuletzt bearbeitet am 20. Oktober 2020.
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7
6
2
162.7 Std. insgesamt (87.7 Std. zum Zeitpunkt der Rezension)
Repetitivo, mediano e genérico!

Em 2017 a Marvel revelou uma parceria com a Square Enix para produzir um jogo dos Vingadores, gerando imensas expectativas nos fãs dos maiores heróis da Casa das Ideias. Porém o chamado Avengers Project ficou escondido por dois longos anos, ganhando o seu primeiro trailer somente em 2019 que causou reações mistas no publico, não só pela sua qualidade gráfica duvidosa, mas pelo fato do game ser apresentado como um "Games as a Service". No último dia 04 de setembro Marvel's Avengers foi finalmente lançado para PC, XOne e PS4, sendo desenvolvido em parceria pelos estúdios Crystal Dynamics e Eidos-Montréal, que infelizmente não atenderam de forma satisfatória a expectativa geradas, entregando um game mediano e repetitivo.

Na trama os Vingadores são dissolvidos, após serem responsabilizados por um ataque terrorista que dizimou São Francisco, cinco anos se passam e a AIM (Advabced Idea Mechanics) tornou-se uma grande organização paramilitar que controla a população e secretamente busca eliminar os Inumanos, pessoas que desenvolveram poderes após a tragédia em São Francisco. Nesse contexto assumimos a jovem Kamala Khan, uma Inumana com poderes elásticos, que descobre um terrível segredo da AIM, desencadeando uma serie de eventos que resultam no retorno dos Vingadores.

O enredo não chega a surpreender, mas se demonstra bem consistente, desenvolvendo de forma satisfatória os heróis utilizados na trama e mesmo não tendo nenhuma ligação com o Universo Cinematográfico ou mesmo com o Universo dos Quadrinhos os personagens são bem reconhecíveis e não destoando em termos de personalidade. O destaque fica para a Kamala Khan que é apresentada de forma extremamente entusiasmada com os acontecimentos, além de Bruce Banner que se encontra com um imenso sentimento de culpa pelo fim dos Vingadores, e a narrativa desenvolve muito bem entre os dois personagens, com Kamala buscando amenizar o sentimento de culpa de Banner, enquanto o doutor age quase como um mentor da jovem heroína.

Mas apesar do enredo consistente o roteiro se demonstra extremamente comedido, não ariscando em expandir o rico universo dos Vingadores, a quantidade de referencias é tímida e a história se desenvolve de forma bem rasa. Tudo se resume aos seis heróis apresentados anteriormente, contra as forças da AIM, que se limita a robôs e soldados genéricos, nem mesmo na utilização de vilões o game arrisca, apresentando apenas três vilões clássicos, entre eles o próprio grande vilão do game M.O.D.O.K. o que sem dúvida é um grande desperdício, pois seria fantástico que outros personagens como os Kree, os Skrull, a Hidra ou mesmo a Gangue da Demolição estivessem no game, assim como outros heróis além da equipe principal, mas no fim tudo se resume a AIM, AIM e a AIM.

Os combates podem tanto agradar, quanto frustrar, pois mesmo aparentando uma boa variedade de movimentos e combos, no fim tudo se resume a uma sequencia desenfreada de esmaga botões, devido a quantidade de inimigos e suas extensas barras de vida. O que torna o incessante esmaga botões do combate prazeroso é a ótima movimentação e coreografia de luta de cada herói, que mesmo apresentando mecânicas idênticas, conseguem se diferenciar devido a forma que as habilidades e poderes individuais são representados no jogo. Como por exemplo, a forma que o Capitão utiliza a o seu escudo de Vibranium, ou como Thor maneja o seu martelo Mjonir.

Porém o maior problema do Marvel's Avengers é a sua estrutura repetitiva de missões, onde o jogador poderá escolher diversas missões na chamada Mesa de Guerra, tais missões acontecem em diversos locais distintos do globo e apresentam objetivos ligados a sabotagem de estruturas, resgate de aliados, ou mesmo confrontos contra vilões, porém já nas primeiras horas do jogo fica claro que as tais missões, mesmo com objetivos distintos, apresentam a mesma estrutura, o que torna tudo muito repetitivo rapidamente. Nem mesmo os inimigos e cenários fogem dessa regra, sendo reciclados exaustivamente, apresentando poucas variações entre uma missão e outra.

Até mesmo a customização dos personagens é pouco inspirada, apresentando uma boa quantidade de uniforme para cada herói, que devem ser desbloqueados cumprindo objetivos ou comprados na loja do game, porém tais variedades são extremamente genéricas, não fazendo referencia as histórias clássicas de cada personagem. Chega ser inacreditável que o game não tenha versões dos uniformes do cinema, ou as versões clássicas, ou mesmo as historias emblemáticas dos quadrinhos, apenas para citar alguns, teria sido incrível jogar com a versão do universo Ultimate do Capitão América e Thor, ou utilizar a armadura da saga Extremis do Homem de Ferro.

Marvel's Avengers não chega a ser um game ruim, apresentando uma trama consistente, apesar de pouco inspirada, com uma boa construção de personagens, um combate prazeroso e uma estrutura de missões repetitiva ao extremo. O resultado no fim, infelizmente, é um game mediano, genérico e repetitivo, sem dúvida os maiores heróis da terra mereciam bem mais do que isso.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 07.
  • Tempo dedicado ao game: 88 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 40 de 50.
  • Dificuldade: Fácil.
  • Fica a dica: Jogue na dificuldade normal, curta a história e só!
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Não, não mesmo! Se for fã da Marvel aconselho a pegar com no mínimo 50% de desconto, caso contrario aguarde um desconto de 75%.
  • Modo de jogo: Cooperativo, com a possibilidade de se jogar todas as missões de forma solo.
  • Idioma: Totalmente localizado para português do Brasil.
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Verfasst am 10. Oktober 2020.
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0.9 Std. insgesamt
Atmosférico e casual.

Em meio a uma noite fria e sombria encontramos um simpático robô aracnídeo, que explora um ambiente desolado em busca de respostas para sua incomoda solidão. Essa é a proposta de Antenna, primeiro e único game do estúdio LWNA, lançado de forma gratuita em abril de 2016.

Antenna não apresenta uma narrativa ou enredo claro, além do que está descrito na própria sinopse do jogo, não há um único dialogo ou narração, tornando-o interpretativo e contemplativo, assim como a sua clara inspiração Limbo. Porém ao contrario do icônico game da Playdead, Antenna apresenta uma experiência simples e curta, não dando muito espaço para maiores reflexões.

Basicamente avançamos pelo cenário desolado e sombrio, realizando os comandos conforme locais de interações são encontrados, o único desafio do game é resolver pequenos puzzles que se resumem a ações simples como encontrar frequências de rádios, ou sintonizar o som de um dispositivo. Uma dica importante é atentar para a configuração do teclado, uma vez que o game é comparativo apenas com teclados dos EUA.

O maior atrativo de Antenna sem dúvida é sua direção artística, claramente inspirada em Limbo, que utiliza do contraste entre luz e sombra para criar uma ambientação sombria e desoladora. O resultado não é chega a ser tão marcante quanto em Limbo, mas sem dúvida tornam a experiência no mínimo interessante.

Antenna é um bom game atmosférico, com um visual agradável e uma jogabilidade simples. Sendo uma ótima opção para os caçadores de conquistas e entusiastas de games casuais, devido a sua duração e simplicidade.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 07.
  • Tempo dedicado ao game: 50 minutos.
  • Conquistas desbloqueadas: 5 de 5.
  • Dificuldade: Fácil.
  • Fica a dica: Preste bastante atenção nos ruídos do jogo, principalmente na parte dos puzzles.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Vale, pois o game é gratuito.
  • Modo de jogo: Singleplayer, com possibilidade de jogar cooperativamente.
  • Idioma: Totalmente em inglês, mas não há falas ou texto.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Verfasst am 25. August 2020.
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