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5.7 hodin celkem
Extremamente simples e casual!

Hero of the Kingdom é uma aventura narrativa, Point and Click, extremamente casual, desenvolvido pelo estúdio independente Lonely Troops, lançado em dezembro de 2012 para PC.

Hero of the Kingdom é um game tão simples, que até fica difícil de analisá-lo ou mesmo classificá-lo como um jogo, porém dentro da sua simplicidade o game oferece uma aventura competente e bem executada.

Na trama, nada complexa, assumimos um jovem fazendeiro, que se vê forçado a iniciar uma jornada em busca de libertar o seu pai, que fora raptado após bandidos invadirem e destruírem a sua propriedade, mas logicamente, como toda boa aventura, a narrativa evoluir e leva o jovem herói a se envolver com uma trama bem maior, envolvendo um antigo feiticeiro que quer dominar o reino. É uma narrativa simples, que não surpreende em nenhum momento, mas que se desenvolve de maneira minimamente interessante e cumpri o propósito de entreter durante as poucas horas de duração do game.

Em termos de mecânicas o game se demonstra ainda mais simples, basicamente o objetivo do jogo é interagir com pontos de interesse em cenários estáticos, apresentando o mínimo de desafio ao jogador, que precisará apenas ficar atento ao ambiente para identificar os pontos de interação e revelar os objetos ocultos no cenário. O interessante aqui é justamente identificar e coletar todos os recursos possíveis, facilitando assim o avanço na jornada, assim como a execução de objetivos secundários.

Um aspecto positivo de Hero of the Kingdom é o seu visual muito bem feito, com cenários estáticos, mas ricamente detalhados, com paisagens belas e cativantes. Novamente, nada que te fará suspirar, mas que nitidamente demonstra um cuidado com os detalhes na construção da ambientação medieval do jogo.

Hero of the Kingdom sem dúvida é um game simples em todos os seus aspectos, mas competente em sua execução, com um visual agradável e uma narrativa minimamente interessante, que sem dúvida agradará os jogadores entusiastas de games casuais.


Informações adicionais:
  • Nota geral: 07.
  • Tempo dedicado ao game: 6 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 38 de 38.
  • Dificuldade: Mínima, game extremamente casual.
  • Fica a dica: É um jogo tão simples que basta ficar atento aos cenários para se alcançar os 100%.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim, vale!
  • Modo de jogo: Solo.
  • Idioma: Interface em português do Brasil.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Odesláno 15. srpna 2022. Naposledy upraveno 15. srpna 2022.
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75.9 hodin celkem (75.8 hodin v době psaní recenze)
Belo, casual e viciante!

Jogos cinematográficos, com uma narrativa envolvente, visuais estonteantes e ação frenética inegavelmente são a preferência da maioria, mas é sempre bom de tempos em tempos ser surpreendido com uma game simples e casual e se ele oferecer uma mecânica viciante, melhor ainda, Dorfromantik sem dúvida é um desses casos, desenvolvido e publicado de forma independente pelo estúdio Toukana Interactive o game foi lançado em acesso antecipado em 2021, ganhando a sua versão final em abril de 2022.

Dorfromantik é um game casual que mistura o gêneros de construções de cidades com puzzles de forma bastante inusitada. Basicamente o objetivo do jogador é desenvolver uma cidade, ou melhor uma região inteira, combinando peças hexagonais, onde cada fase do hexágono pode conter um tipo de construção ou bioma. Uma única peça pode conter casas, árvores e água, outra pode conter um trilho de trem em meio a vegetação, outra ainda pode ter apenas água para que o jogador forme lagos ou rios, ou mesmo uma peça completamente sem nada.

O interessante de Dorfromantik é ir realizando as combinações e ver o mapa expandir de forma totalmente aleatória, conforme novas peças são disponibilizadas, porém a partida começa com um número limitado de peças e só são adicionadas mais caso o jogador cumpra pequenos objetivos que aparecem de tempos em tempos, como por exemplo combinar peças ao ponto de criar uma floresta com 100 árvores, ou um povoado com 20 casas, logicamente que conforme o mapa cresce os desafios aumentam, tornando a progressão constante e desafiadora.

O game é simples e de fácil entendimento, porém oferece um certo grau de complexidade que desafia o jogador a pensar estrategicamente a expansão do cenário, priorizando as melhores combinações, buscando cumprir os objetivos para obter mais peças e continuar crescendo. Lógico que mecanicamente o game pode até parecer repetitivo e simplório, mas cada partida sempre será única e o prazer de cada jogatina será o quão longe chegamos, superando a pontuação da partida anterior.

O visual de Dorfromantik é bem caprichado, com uma arte minimalista, com representações caricatas e cativantes de construções e biomas, com novos temas e cores sendo desbloqueados ao se cumprir alguns objetivos, dando um ar de novidade aos cenários. As árvores, as casas, os campos e florestas, formam belíssimas paisagens conforme o jogador completar os vazios entre os hexágonos.

Dorfromantik é um excelente game casual, que encanta com o seu visual minimalista, agrada com sua jogabilidade simples e vicia com os seus objetivos prazerosos de cumprir. Um jogo ideal para os fãs de games casuais e de construções de cidades.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 09.
  • Tempo dedicado ao game: 76 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 84 de 84.
  • Dificuldade: Mínima, game extremamente casual.
  • Fica a dica: Busque sempre realizar combinações perfeitas, potencializando assim o ganho de mais peças.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim, vale!
  • Modo de jogo: Solo.
  • Idioma: Interface em português do Brasil.
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Odesláno 10. srpna 2022.
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64.0 hodin celkem
Épico!

God of War inegavelmente é uma das franquias mais icônicas do mundo dos games, Kratos conquistou uma legião de fãs com a sua trilogia original e fez do personagem sinônimo de Playstation, logicamente que cedo ou tarde o personagem retornaria e em 2018 um novo game foi lançado exclusivamente para Playstation 4, trazendo uma nova faceta para o Deus da Guerra, introduzindo-o na mitologia Nórdica. O sucesso foi estrondoso e rendeu ao game desenvolvido pela Santa Monica o prêmio de Game do Ano, desbancando o grandioso Red Dead Redemption 2. Após quatro anos de exclusividade, a Sony surpreende a todos ao lançar uma nova versão do seu principal exclusivo pela primeira vez no PC.

Intitulado simplesmente como God of War, o game começa com Kratos preparando-se para cremar a sua falecida esposa, ao lado de seu filho Atreus. Claramente muitos anos se passaram após os acontecimentos da trilogia original, porém o game não se preocupando em explicar como o protagonista sobreviveu, ou mesmo como chegou até ali, focando na jornada inicial de Kratos e Atreus que buscam cumprir o último desejo de Laufey, lançando as suas cinzas no pico mais alto, porém os inúmeros obstáculos e as revelações feitas durante a jornada levam pai e filho de encontro contra os deuses nórdicos.

A trama de longe é o maior trunfo desse novo God of War, com uma narrativa madura e envolvente, dando destaque não só para o relacionamento entre Kratos e Atreus, mas também desenvolvendo cada um deles de forma individual, tornando ambos interessantíssimos. Primeiro temos Kratos que claramente mudou drasticamente em relação aos games anteriores, estando mais controlado, com uma ar melancólico e ao mesmo tempo sábio, buscando ser um pai melhor do que foi anteriormente, já Atreus é um jovem frágil e inocente, que conforme vai descobrindo mais sobre as suas origens e o passado de seu pai, cresce em personalidade, tanto positivamente, quanto negativamente. A dinâmica entre os dois é excelente, motivando o jogador a continuar avançando para ver o desfecho de ambos os personagens.

E como pano de fundo para a jornada de pai e filho, temos toda a mitologia nórdica, incrivelmente representada e adaptada para a nova aventura de Kratos, apresentando criaturas e lendas como Trolls, Ogros, Draugrs e até mesmo as Valquírias, que de certa forma dão um ar familiar para aventura e ao mesmo tempo que fazem uma releitura para tais mitos e tudo é muito bem apresentado, com uma ótima ambientação, com pequenos trechos de mitologia, espalhados em objetos e missões secundárias.

Além de Kratos e Atreus temos um ótimo elenco de apoio, com personagens carismáticos e interessantes, como os irmãos Sindri e Brok, a própria Freya, o cômico Mimir, que se revela um grande aliado na jornada dos protagonistas e logicamente o grande antagonista da jornada, Baldur que se revela imparável e extremamente irritante, mas que proporciona grandes momentos, tanto nos combates, quanto na narrativa. Mal posso esperar para ver como a Santa Monica representará os outros deuses nórdicos no vindouro God of War Ragnarock.

Algumas críticas apontam uma certa simplicidade nas mecânicas do novo God of War, o que não deixa de ser verdade, porém tanto o sistema de combate, quanto o sistema de progressão são bastante funcionais e proporcionam uma ótima jogabilidade e uma boa dose de desafio nas dificuldade mais altas. A câmera mais próxima do personagem privilegia o combate, o sistema de combos é prazeroso e as melhorias e golpes especiais dão um certo dinamismo para os momentos de ação. A quantidade de inimigos é satisfatória, mas caso busque os 100% prepare-se para sentir uma repetitividade de inimigos, principalmente com os Trolls.

Em termos de equipamentos o game também não decepciona, com uma boa variedade de armaduras, mas contanto com apenas duas armas principais, o excelente e imponente machado Leviatã e as icônicas e brutais Lâminas do Caos. Tanto armas e armaduras podem ser melhoradas pelos anões Brok e Sindri, porém para isso precisará encontrar runas e materiais especiais obtidos ao se cumprir objetivos secundários do jogo, incentivando assim a exploração. Mesmo com uma estrutura claramente linear, tais objetivos dão uma certa liberdade ao jogador, não sendo enfadonhos, principalmente por trazerem informações adicionais que complementam a mitologia do jogo.

God of War traz uma jornada incrível, com uma narrativa envolvente que cresce em escala conforme se avança na jornada de Kratos e Atreus. Uma ótima releitura de um personagem já consagrado que se revela ainda mais profundo, conforme desenvolve o relacionamento com seu filho. Um excelente game, com uma ótima jogabilidade, um visual impecável e uma narrativa marcante. Que o fim de todos os Deuses seja ainda mais grandioso.

“Devemos ser melhores!” - Kratos

Informações adicionais:
  • Nota geral: 10.
  • Tempo dedicado ao game: 64 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 34 de 37.
  • Dificuldade: A dificuldade difícil oferece uma ótima dose de desafio.
  • Fica a dica: Deixei para enfrentar as Valquírias apenas no final do game, quando estiver com os melhores equipamentos.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Difícil, o game é excelente, mas 200 reais em qualquer game é algo surreal, com 25% de desconto, sem dúvida vale.
  • Modo de jogo: Solo.
  • Idioma: Totalmente localizado em português do Brasil.
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Odesláno 5. srpna 2022.
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16.8 hodin celkem
Muito além da Nostalgia.

Horizon Chase quase que dispensa apresentações, sendo um dos mais bem sucedidos games brasileiros a história, desenvolvido pelo estúdio gaúcho Aquiris e lançado inicialmente para celulares em agosto de 2015, ganhando uma nova versão intitulada Horizon Chase Turbo em maio de 2018 para PC, PS4 e posteriormente para XOne e Switch.

Em um primeiro olhar Horizon Chase faz uma clara homenagem aos clássicos games de corrida dos anos 90, em especial a Top Gear, remetendo não só o seu visual e estrutura, mas também a sua icônica trilha sonora, principalmente ao trazer o compositor original do clássico game para criar uma nova trilha para Horizon Chase.

Porém o game brasileiro consegue ir além na mera nostalgia, entregando um game extremamente prazeroso de se jogar, com uma jogabilidade acessível e com desafios equilibrados que tornam o jogo extremamente viciante. As corridas são rápidas, dinâmicas e transmitem uma sensação de superação e vitória ao ponto da necessidade de "só mais uma partida" ser quase inevitável.

O game conta com uma excelente trilha sonora composta por Barry Leitch, que faz um trabalho excepcional não só por remeter ao seu próprio trabalho na trilha original de Top Gear, mas também ao criar novas músicas que referenciam a temática de cada corrida, apenas para citar um exemplo o trilha sonora da pista de Porto Alegre que referencia a música Deu Pra Ti emociona qualquer Porto Alegrense.

Aliado a trilha sonora temos um visual extremamente cativante, que mesmo em toda a sua simplicidade, apresenta um detalhismo que dá uma identidade quase que única ao jogo. Ao todo são 12 países representados em pistas que referenciam não só monumentos, mas arquitetura e cultura de cada região. Confesso que senti um certo orgulho de ver o Brasil ser representado de forma coerente no jogo.

Horizon Chase Turbo não decepciona em termos de conteúdo, com mais de 100 corridas nos 12 campeonatos espalhados pelo mundo, com um sistema de melhorias simples, mas funcional que dá a sensação de progressão ao jogador, além de mais de 30 veículos únicos vãos sendo desbloqueados conforme se avança na campanha do game, com modelos que contribuem de forma direta com a sensação de nostalgia, como o inusitado carro da firma, ou o clássico Camaro amarelo e até mesmo os icônicos DeLorean e Batmóvel. As inúmeras referências escondidas no game sem dúvida incentivam a completar todos os desafios apenas para descobrir qual novo carro será desbloqueado.

Além da campanha principal, o game conta ainda com os modos Playground, Torneio e Resistência que adicionam novos desafios ao game que aumentam significativamente o tempo de gameplay, além das DLCs Rookie Series, Summer Vibes e Senna Sempre que foi lançada no final do ano passado e homenageia o icônico piloto brasileiro Ayrton Senna.

Sem dúvida Horizon Chase Turbo é um excelente game arcade, que vicia com a sua jogabilidade convidativa e divertida, com um visual cativante e uma trilha sonora nostálgica. Um game indispensável não só para os fãs de games de corrida, mas para todos os gamers que desejam uma jogatina descompromissada e prazerosa no final do dia.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 10.
  • Tempo dedicado ao game: 17 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 30 de 48.
  • Dificuldade: Acessível.
  • Fica a dica: Sempre que possível realize as corridas nas pistas de melhoria, para evoluir os status dos veículos.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim, vale!
  • Modo de jogo: Solo e multijogador.
  • Idioma: Menus e legendas em português do Brasil.
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Odesláno 16. února 2022.
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2.8 hodin celkem
Uma promessa promissora.

Em 2019 Bright Memory se destacou ao surpreender a todos com um gameplay frenético e visual marcante, o mais surpreendente, porém foi o fato do game ter sido criado por um único desenvolvedor. Com o inesperado sucesso Bright Memory transformou-se em algo maior, dando origem a Bright Memory Infinety. Sendo desenvolvido pelo estúdio chinês FYQD e lançado oficialmente em março de 2020, Bright Memory serve como uma prévia, uma promissora promessa do que pode vir a ser Bright Memory Infinity, que será lançado no próximo dia 11 de novembro.

O primeiro aspecto que chama atenção em Bright Memory é a sua qualidade gráfica, principalmente quando se leva em consideração que o game foi inicialmente criado por um único desenvolvedor, o visual do game realmente impressiona, tanto em ambientação quando nos modelos dos personagens, trazendo aquele apelo de "nova geração" dando bastante destaque para detalhamento de cenários, iluminação e partículas, apesar disso o game apresenta alguns defeitos como a protagonista não ter feições tão realistas nos momentos em que fica em destaque e algumas quedas ocasionais de desempenho.

Mas talvez a característica mais marcante do game seja a sua mistura de elementos e mecânicas. Essencialmente temos um FPS de ação, porém encontramos elementos de RPG, hack and slash e plataforma na sua jogabilidade, tornando o seu gameplay bem original. Sua ação é frenética e em muitos momentos exigem um raciocínio rápido do jogador, tornando os confrontos extremamente prazerosos, além disso, encontramos pequenos quebra-cabeças pelo caminho, assim como coletamos experiência para melhorar habilidades bastante poderosas para personagem, como uma um poderoso campo de força que causa dano em área, ou mesmo levitar e imobilizar inimigos.

A trama do jogo é um pouco confusa, misturando elementos de ficção científica e fantasia, sem deixar claro as motivações dos personagens apresentados. Porém essa mistura de elementos permite a adição de inusitados e inspirados inimigos, como um tigre dente de sabre com guelras e couraça, esqueletos guerreiros e até mesmo um pequeno vislumbre de um dragão. O destaque fica para os confrontos com os chefes que surpreendem pela sua grandiosidade e originalidade.
O game tem uma duração curta, podendo ser finalizado em menos de uma hora, porém a experiência limitada consegue apresentar de forma satisfatória as diversas mecânicas que provavelmente serão expandidas em Infinity, como o sistema de progressão, os puzzles entre as fases, o combate frenético, os coletáveis no cenário e principalmente os combates memoráveis com os chefes.

Bright Memory sozinho é apenas uma boa demonstração, que surpreende com o seu ótimo visual e sua ação frenética, entregando uma experiência satisfatória, mas limitada. Porém, seu maior trunfo é a sua promissora promessa intitulada Bright Memory Infinity.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 7,5.
  • Tempo dedicado ao game: 3 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 12 de 12.
  • Dificuldade: Moderada.
  • Fica a dica: Use e abuse das habilidades especiais da protagonista.
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Até vale, se comprar antes do lançamento de Infinity, o que te dará direito a receber uma cópia da nova versão do game, agora se for adquirir posteriormente aconselho a comprar com no mínimo 50% de desconto.
  • Modo de jogo: Solo.
  • Idioma: Menus e legendas em português do Brasil.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Para mais análises siga a Curadoria Gamers do Brasil
Odesláno 2. listopadu 2021. Naposledy upraveno 16. února 2022.
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103 osob ohodnotilo tuto recenzi jako užitečnou
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57.9 hodin celkem
Belo, sombrio e promissor!

Inegavelmente Dark Souls mudou a indústria, despertando o desejo quase que incontrolável nos estúdios, sejam pequenos ou não, em ter um "Souls Like" para chamar de seu, com isso inúmeros títulos surgiram, buscando emular as principais características dos jogos da Fromsoftware, alguns se destacaram outros nem tanto, mas poucos conseguiram a alcunha de sucessores do subgênero e se Dark Souls é o pai do "estilo souls", Mortal Shell sem dúvida é seu filho legítimo, que mesmo ainda não atingindo a sua total maturidade já deixa o seu velho pai orgulhoso. Desenvolvido pelo estúdio Cold Symmetry e publicado pela Playstack, o game foi lançado originalmente em agosto de 2020 para PC, PS4 e XOne, ganhando uma nova versão em agosto de 2021 para PS5 e Xbox Series.

É difícil não comparar Mortal Shell com Dark Souls, sendo esse sua principal inspiração e o primeiro game do estúdio Cold Symmetry, assim como o aclamado game da Fromsoftware, apresenta uma estética sombria, uma narrativa enigmática e logicamente um gameplay desafiador, que consegue equilibrar de forma bastante consistente a frustração com o sentimento de vitória, algo fundamental em todo bom Souls Like. Na trama somos apresentados a uma criatura humanoide, frágil e pálida, que vaga em uma ambiente etéreo e que após enfrentar um fantasmagórico guerreiro é inexplicavelmente engolida por um peixe gigante, despertando assim em um pântano desolado e encontrando já nos primeiros minutos a primeira "Shell", uma carcaça de um antigo guerreiro que pode ser possuída, dando-lhe assim acesso a suas antigas habilidades, algo fundamental uma vez que a "Pobre Criança" é extremamente frágil sem a proteção de uma carcaça. A narrativa é enigmática e fragmentada, e mesmo realizando todos os diálogos e lendo todos os textos encontrados em itens e gravuras a história não será facilmente interpretada, mesmo pelos jogadores mais atentos. Qual a origem do protagonista? Quem são os Referenciados? Qual o objetivo da Irmã Genessa? Por que o Pai das Trevas está acorrentado? O Inascido seria um humano que sucumbiu à corrupção ou algo mais? Esses são apenas alguns dos questionamentos que o game deixa em aberto na sua curta, mas satisfatória jornada.

Apesar da narrativa confusa e enigmática, o mundo de Mortal Shell consegue ser atrativo o suficiente para manter o jogador interessado, mesmo sem saber ao certo o seu real objetivo. Com um visual deslumbrante a ambientação do jogo surpreende por ser ao mesmo tempo familiar e relativamente novo, enquanto a floresta de Fallgrim nos permite explorar de forma livre, surpreendendo com os seus inúmeros caminhos que se interligam de forma extremamente orgânica, remetendo o level design de Dark Souls, os cenários adjacentes adicionam o ar de novidade necessário ao serem explorados, surpreendendo novamente o jogador com excelentes ambientações que marcam pela sua ótima direção artística, Nártex Eterno é o melhor exemplo dessa criatividade visual, apresentando um ambiente sombrio, etéreo e belo.

Apesar da câmera não ajudar em certos momentos, principalmente quando se fixa a mira nos oponentes, o combate se demonstra bem competente, com os inimigos tendo uma variedade de ataques que tornam os confrontos desafiadores, obrigando o jogador a memorizar os seus padrões de movimento. Cada arma encontrada apresenta um conjunto de movimentos específicos, a Espada Sagrada por exemplo é rápida, mas causa dano moderado, enquanto a Lâmina do Mártir é lenta devido ao seu peso, porém causando um estrago proporcional ao seu tamanho imponente. No total são apenas quatro armas que são facilmente encontradas no início de cada mapa, além de uma arma especial que simula uma espécie de bazuca que dispara grandes flechas, mas apesar do arsenal limitado o combate consegue oferecer de forma satisfatória uma boa variedade no gameplay, pois cada arma tem seu próprio padrão de movimento, assim como ataques especiais únicos, que são desbloqueados ao se encontrar itens específicos no cenário, além de permitir melhorias que aumentam a sua efetividade.

Vale ressaltar a importância de duas mecânicas de combate que são fundamentais para se avançar no game, primeiro temos a habilidade de solidificar, onde o protagonista literalmente se solidifica, repelindo assim qualquer ataque dos inimigos, o interessante aqui é que tal habilidade pode ser utilizada em qualquer momento, qualquer momento mesmo, durante um ataque, uma esquiva e até mesmo durante um salto paralisando o personagem ar, permitindo assim estratégias que unem defesa e ataque de forma bastante fluida. A segunda mecânica é o movimento de repelir, ou o "parry" para os veteranos de Souls Like, que como o próprio nome deixa claro permite repelir ataques dos oponentes abrindo uma pequena brecha para realização de um poderoso contra-ataque que reduz a vida do inimigo significativamente, facilitando os confrontos com oponentes mais fortes. Dominando uma dessas duas mecânicas o jogador conseguirá superar tranquilamente a maioria dos desafios do jogo.

O sistema de progressão de Mortal Shell se diferencia por focar inteiramente nas Carcaças, não há os tradicionais níveis ou árvore de habilidade, porém cada uma das quatro carcaças contém características e efeitos únicos que são desbloqueadas ao se utilizar Tar (as souls do game) e Vislumbres, ambos sendo obtidos ao se derrotar inimigos. Dessa forma cada carcaça apresenta uma jogabilidade distinta que se assemelham às tradicionais classes de jogos de ação. A carcaça de Tiel por exemplo é extremamente rápida e ágil, com alta quantidade de determinação, porém com pouca quantidade de vida, já a carcaça de Eredrim é resistente, porém com pouca determinação, já as carcaças de Harros e Solomon são mais equilibradas. Combinando as características das carcaças com as quatro armas o jogador terá acesso a uma boa variedade na jogabilidade, utilizando a combinação que se adeque melhor ao seu estilo de jogo.

O game apresenta uma experiência bem contida e relativamente curta, podendo ser finalizado em pouco mais de treze horas, são basicamente quatro mapas, uma boa variedade de inimigos e apenas seis batalhas contra chefes, isso se considerarmos os confrontos com os subchefes, mas apesar disso o game se demonstra bastante consistente na sua proposta com uma gameplay fluida e ambientação convidativa que incentiva uma segunda jogada no já tradicional New Game Plus, mesmo a segunda jornada sendo essencialmente a mesma, ainda assim ela se demonstrará satisfatória, apesar da batalha final ser um pouco decepcionante devido a sua dificuldade artificial que alonga o confronto desnecessariamente.

Após um ano do seu lançamento oficial, Mortal Shell recebeu a sua primeira DLC, intitulada The Virtuous Cycle, que adiciona uma nova Carcaça e uma nova arma que pode ser usada como uma katana ou machado, mas a principal novidade é a adição de um novo modo de jogo, que flerta com características do roguelike permitindo ao jogador explorar o game de forma aleatória, essencialmente é o mesmo game, porém o novo modo muda os encontros com os inimigos e adiciona uma quantidade considerável de efeitos adicionais que devem ser desbloqueados ao se explorar os cenários, algo bastante surpreendente pois adiciona mais uma camada ao jogo aumentando significativamente o seu tempo de gameplay.

Mortal Shell é um ótimo Souls Like, com um visual estonteante, uma originalidade surpreendente e um combate prazeroso, que não apela para a dificuldade exagerada. Mesmo sendo uma experiência relativamente curta o game consegue ser recompensador, apesar da sua narrativa excessivamente enigmática e mesmo seus pequenos problemas não ofuscam a experiência como um todo. Sem dúvida foi um ótimo primeiro passo para o estúdio Cold Symmetry e um potencial primeiro capítulo para uma nova franquia Souls Like. Sem dúvida Mortal Shell deixaria qualquer pai orgulhoso.
Odesláno 25. října 2021. Naposledy upraveno 2. listopadu 2021.
Byla tato recenze užitečná? Ano Ne Vtipná Ocenit
40 osob ohodnotilo tuto recenzi jako užitečnou
2 osob ohodnotilo tuto recenzi jako vtipnou
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2
54.0 hodin celkem
"No espaço ninguém pode ouvir você... RIR!!!"

Os games de sobrevivência tem se mantido em alta a alguns anos, com games do gênero sendo lançados de forma constante, porém a maioria desses títulos apresentam propostas bem semelhantes, explorando quase sempre os mesmos biomas, como florestas, ilhas e ambientes marinhos. Desenvolvido pelo estúdio russo Redruins Softworks, Breathedge se diferencia justamente por levar o gênero de forma bastante humorada para o espaço. Lançado em acesso antecipado em 2018 o game ganhou a sua versão final em fevereiro de 2021, com versões para PC, PlayStation 4, Nintendo Switch e Xbox One.

A premissa do game é bem peculiar e leva o jogador para uma jornada bem-humorada pelo espaço. O game já inicia de forma bizarra, com o protagonista sendo levado a força para ser interrogado por "caixões robôs mafiosos", sim isso mesmo que você leu, que querem saber como você sobreviveu ao catastrófico acidente que destruiu a gigantesca nave de transporte "Sem Nome". Nisso o jogo inicia de fato com o protagonista, após o acidente, ao lado da sua fiel companheira, uma galinha aparentemente imortal, buscando encontrar um meio de pedir socorro, enquanto explora os destroços da imensa nave de transporte. Logo a narrativa evolui para conspirações coorporativas, ativismo vegano (sim o Mundo Verne não deixará, nós comedores de carne, em paz mesmo no espaço) e até mesmo revolta de robôs, mas tudo isso de forma extremamente humorada e apesar de consistente a trama aqui se demostra leve com o intuito principal apenas de direcionar a narrativa, utilizando de forma constante inúmeras referências a cultura pop. Vale ressaltar que toda a narrativa é conduzida por um único personagem, no caso a Inteligência Artificial do traje espacial do protagonista, que constantemente tece comentários rápidos e irônicos sobre cada nova interação do jogador.

Assim como a maioria dos games de sobrevivência iniciamos sem recursos, tendo que explorar o ambiente ao redor para obter matéria prima e novas ferramentas para conseguirmos avançar, porém em Breathedge temos dois diferenciais importantes, primeiro não há "chão" e logicamente tão pouco gravidade, permitindo assim ao jogador rumar em qualquer direção sem restrições, "abaixo" de você há destroços que podem revelar algum segredo? Ou acima há um asteroide que você está curioso para saber o que há em sua superfície? Simples, basta em ir à sua direção e explorar. O segundo aspecto que diferencia Breathedge é a gestão de oxigênio, um recurso tão importante quanto comida e bebida, por ser limitado e de difícil obtenção ao ponto de impactar diretamente no ritmo de progressão do jogo, lembra dos destroços que comentei acima? Você até consegue chegar até ele para coletar os seus recursos, mas dificilmente terá oxigênio suficiente para retornar a sua nave e recarregar o cilindro, morrendo asfixiado no meio do caminho. Com o tempo essa limitação será remediada, com o aumento de capacidade de oxigênio do traje, mas até lá prepare-se para horas de frustração por ter que quebrar o ritmo de exploração ao ser obrigado a retornar para sua nave para recarregar os cilindros de oxigênio.

A coleta de recursos se demonstra bastante complexa, inicialmente coletamos as matérias primas de forma bastante direta, mas conforme avançamos novos recursos são descobertos que exigem ferramentas especificas, por exemplo para se coletar alumínio o jogador necessitará de um furadeira, já para se coletar vidro é necessário um pegador. Logicamente que para se fabricar tais ferramentas é preciso realizar determinados objetivos o que incentiva o jogador a sempre explorar para aumentar o seu conhecimento e liberar novos projetos e ferramentas. Porém algo que deixa toda a progressão ainda mais morosa é o fato de que cada ferramenta ter uma durabilidade demasiadamente baixa, obrigando o jogador a fabricar os mesmos itens de forma constante. Agora visualizem comigo, você está explorando um local distante da sua nave, está preocupado com o nível de oxigênio, começa a coletar os recursos da forma mais rápida possível, porém esqueceu de verificar a durabilidade do seu equipamento e a sua furadeira quebra, fazendo você retornar até a nave, fabricar uma nova furadeira e voltar novamente para o local de exploração. Se você não ficar frustrado sem dúvida ficará incomodado com o tempo perdido.

Já o sistema de construção se demonstra limitado, primeiro por demorar algumas boas horas para ser liberado, segundo por exigir uma quantidade considerável de recursos para construir uma estação espacial minimamente funcional, aliado ao fato de poucas estruturas estarem liberadas desde o início, tornam o sistema ainda mais lento que a própria progressão natural do jogo. Outro ponto que causou um pouco de incomodo com a construção da estação espacial é que ela não auxilia de forma pratica a gestão e organização de recursos obrigando o jogador a criar inúmeras malas para poder armazenar os recursos de forma organizada, o que não seria um problema, porém tais objetos apresentam um "comportamento próprio" caindo de forma frequente das superfícies em que se encontram, tornando a organização um verdadeiro desafio de paciência.

Mas apesar dos pequenos problemas citados Breathedge consegue gerar uma ótima sensação de satisfação a cada nova descoberta, seja uma nova ferramenta, uma nova estrutura, um novo veículo, ou mesmo um novo coletável que faz referência a inúmeras obras do entretenimento, como O Senhor dos Anéis, ou o clássico Nintendinho e a exploração por mais lenta que ela seja acaba sendo sempre recompensadora. Fora que a beleza desoladora do espaço já faz a jornada valer a pena.

Breathedge é um game extremamente consistente na sua proposta, sendo um ótimo game de sobrevivência, que surpreende com a sua belíssima ambientação espacial, algo pouco explorado pelo gênero, uma gama considerável de recursos e toneladas de referências à cultura pop. Sua progressão pode parecer lenta em um primeiro momento, mas a sua narrativa leve, cheia de humor e ironia, cativa o suficiente para manter o jogador interessado. Sem dúvida Brethedge é uma grata surpresa que merece ser conferido pelos entusiastas de jogos de sobrevivência.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 08.
  • Tempo dedicado ao game: 54 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 48 de 54.
  • Dificuldade: Acessível.
  • Fica a dica: Não perca tempo organizando os recursos e se tiver TOQ não jogue!
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim, vale!
  • Modo de jogo: Exclusivamente singleplay.
  • Idioma: Interface e textos em português.

Game fornecido pela Redruins Softworks ao grupo Gamers do Brasil para avaliação através do programa de Curadoria Steam. Agradecemos a oportunidade!

Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Odesláno 12. srpna 2021. Naposledy upraveno 12. srpna 2021.
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15.1 hodin celkem
Um Biohazard de respeito!

Em 2012 Resident Evil 6 foi lançado com a promissora promessa de agradar tantos os fãs da trilogia clássica, quanto aqueles que gostaram da pegada mais voltada para ação dos últimos títulos da franquia e mesmo RE6 sendo um game tecnicamente competente o resultado foi longe do esperado, com boa parte do público e crítica considera-o o pior game da série.

Foram necessário longos 5 anos para que a série se reencontrasse com Resident Evil 7 que surpreende ao se arriscar em mudar a perspectiva do personagem, além de apresentar um protagonista totalmente novo em uma narrativa quase que independente. Desenvolvido e publicado pela Capcom, o game foi lançado em janeiro de 2017 para PC, XOne e PS4, chegando ao Switch em maio de 2018.

Em RE7 somos apresentados a Ethan Winters, um homem comum, que busca encontrar a sua namorada desaparecida a três anos, após receber uma misteriosa mensagem, que o leva para a propriedade da família Baker, localizada no interior do Louisiana. Ao adentrar a propriedade dos Baker, Ethan se vê envolvido em acontecimentos aterrorizantes que colocam em risco não só a sua sanidade, mas também sua vida e da sua companheira Mia.

É inegável que o carisma do novo protagonista é quase nulo, não criando nenhum vínculo com o jogador, nem mesmo o rosto do personagem é visto durante toda a narrativa. Porém a atmosfera de tensão e horror criada no game tornam o desenvolvimento da trama extremamente interessante, principalmente pelos membros da família Baker se destacarem como grandes ameaças, em especial o patriarca Jack que persegue Ethan por boa parte da história protagonizando os combates mais marcantes do jogo.

O game perde um pouco de ritmo justamente na sua parte final, onde a propriedade e a própria família Baker são deixadas de lado, para explorarmos um novo cenário e descobrirmos a real ameaça por trás dos horrores vivenciados por Ethan e Mia. Não que o final seja ruim, de forma alguma, pois ele conecta de forma consistente a história do game com o restante da franquia, porém ele deixa a sensação de se alongar desnecessariamente e o confronto final acaba não surpreendendo, se comparado com o próprio desenvolvimento do game.

Mas o grande destaque de RE7 não está em sua história ou seus personagens, mas sim na sua atmosfera densa e opressora. Ethan não é um combatente treinado como os protagonistas anteriores e isso se reflete diretamente na sensação de risco sentida ao adentrar em cada novo cômodo da mansão da família Baker e tudo é cuidadosamente construído para contribuir com essa sensação de opressão, os ambientes mal iluminados, a imundície de determinados locais e até mesmo os pequenos sons propagados pela residência fazem o jogador se questionar a todo momento se está de fato sozinho e por mais que parte do público tenha criticado a mudança de perspectiva, sem dúvida ela é um dos principais fatores imersivos do game e provavelmente ele não causaria o mesmo impacto narrativo sem essa mudança.

Mecanicamente o game traz um jogabilidade simples e acessível, resgatando elementos clássicos da franquia, como o gerenciamento de inventário, a exploração constante dos ambientes para resolver pequenos quebra-cabeças, munição limitada e as salas seguras para o jogador respirar tranquilo, entre um susto e outro. Faltou apenas os tradicionais zumbis, mas bem ou mal Resident Evil nunca se tratou apenas de mortos vivos, mas também e essencialmente de ameaças biológicas, como o seu próprio nome japonês deixa claro.

Em termos de variedade de inimigos o game peca por apresentar basicamente um único tipo de infectado, com três variações simples desse mesmo inimigo, desconsiderando é claro as batalhas com os chefes. O arsenal também é limitado, porém essa limitação se demonstra coerente com a proposta do jogo, afinal o protagonista não é um combatente treinado e as armas são encontradas conforme se avança na história, logicamente que as tradicionais facas de combate, pistola, espingarda e logicamente da icônica Magnum estão presentes, só faltou a adição da apelativa bazuca, outra arma tradicional na série.

Pós lançamento o game ganhou diversos conteúdos adicionais que prolongam a sua experiência, entre eles dois se destacam, End of Zoe que mostra o destino da importante personagem após os acontecimentos da campanha principal, assim como Not a Hero que traz o retorno de Chris Redfield como protagonista em uma busca por um membro remanescente da família Baker. Ambos os conteúdos são curtos, mas interessantes de se jogar por trazer uma complementação da história principal, além de conectar de forma mais clara os acontecimentos do game com o restante da franquia.

Biohazard 7 é um excelente survival horror, que surpreende ao apresentar uma nova fórmula para uma franquia consagrada que a muito precisava ser revitalizada, ao mesmo tempo que resgata elementos icônicas dos games originais. Um game que deu um novo fôlego para a série, equilibrando de forma consistente os momentos de terror, ação e narrativa. Sem dúvida foi um passo da Capcom na direção certa.

"Seja bem vindo à família, filho." - Jack

Informações adicionais:
  • Nota geral: 09.
  • Tempo dedicado ao game: 15 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 26 de 58.
  • Dificuldade: Moderada.
  • Fica a dica: Fuja, fuja sempre que possível!
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim vale!
  • Modo de jogo: Solo.
  • Idioma: Menus e legendas em português do Brasil.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Para mais análises siga a Curadoria Gamers do Brasil
Odesláno 25. června 2021. Naposledy upraveno 26. června 2021.
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19.9 hodin celkem
Atmosférico e interessante.

Metro 2033, FPS que mistura elementos de ação e survival horror, que adapta o livro de mesmo nome do escritor russo Dmitriy Glukhovskiy. Desenvolvido pela 4A Games e distribuído originalmente pela THQ. Lançado originalmente em março de 2010, com versões para XBox 360 e PC. Ganhando uma nova versão remasterizada em 2014, intitulada de Metro 2033 Redux para XOne, PS4 e PC. Essa análise foi realizada considerando apenas a versão original do game, a versão Redux será analisada posteriormente.

No universo de Metro, no ano de 2013 ocorreu uma guerra nuclear onde o mundo foi transformado em cinzas, na Rússia parte da população foge para as estações de metrô e as utiliza como abrigos. Vinte anos se passam e a humanidade está por um fio, vivendo no subterrâneo de Moscou em pequenas comunidades, que sofrem ataques constantes de criaturas mutantes, além dos conflitos entre facções rivais.

Na trama assumimos o personagem Artyom, que recebe do seu mentor Hunter a missão de solicitar ajuda a estação de Polis, pois a sua própria estação está preste a ser atacadas pelos Dark Ones, uma nova e misteriosa ameaça que surgiu nos túneis do metrô. O protagonista é silencioso, apenas ouvindo os diálogos dos diversos personagens que ele encontra ao longo da campanha, sua voz só será ouvida em pequenos monólogos realizados entre as missões, com a percepção de Artyom sobre os acontecimentos.

A narrativa pode parecer simples, mas é consistente e ganha ares de sobrenatural e terror em diversos momentos, principalmente quando envolve os misteriosos Dark Ones. No fim a trama não chega a surpreender, mas apresenta um mundo pós-apocalíptico denso, crível e interessante.

Em termos de jogabilidade o game não inova, apresentando conceitos básicos de FPS, mas acrescentando algumas mecânicas interessantes como a necessidade da utilização de mascaras de gás, quando em locais contaminados pela radiação e o gerenciamento de recursos como munição e filtros. Além das armas tradicionais, o game apresenta algumas armas bastante únicas, como armas pneumáticas e com danos de choque, além de variações interessantes de armas modificadas que podem ser encontradas pelos cenários, incentivando assim a exploração.

A ambientação é um dos pontos altos de Metro 2033, com o game se passado quase inteiramente no subterrâneo, em cenários sombrios, assustadores e claustrofóbicos, com uma trilha e efeitos sonoros que contribuem com a atmosfera de terror do game, principalmente quando o Artyom está sozinho explorando os tuneis do metrô. Em diversos momentos o jogador ficará tenso, explorando com cautela locais escuros enquanto escuta ao longe o barulho de alguma criatura.

O game apresenta uma estrutura bem linear, sempre com o objetivos de ir de um ponto A à B, enfrentando os inimigos pelo caminho, que podem ser tanto soldados de outras facções, quanto mutantes assustadores, porém em algumas missões há caminhos alternativos que permitem uma abordagem mais furtiva, inclusive dando a opção de não matar um único inimigo em determinadas missões, o que auxilia bastante no gerenciamento de recursos.

Metro 2033 é um ótimo FPS, que não chega a inovar em termos de jogabilidade, mas que apresenta uma boa narrativa, em um universo consistente, imersivo e atmosférico. Um game que consegue atender tanto os apreciadores de jogos de ação, quanto os de games furtivos, por misturar de forma equilibrada características de ambos os gêneros.

"Se for hostil, mate!" - Hunter

Informações adicionais:
  • Nota geral: 08.
  • Tempo dedicado ao game: 20 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 30 de 48.
  • Dificuldade: Moderada.
  • Fica a dica: Seja furtivo em alguns momentos, poupando assim recursos para momentos mais difíceis.
  • Gameplay: Clique aqui.[www.youtube.com]
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Está de graça, então sim!
  • Modo de jogo: Campanha exclusivamente singleplayer.
  • Idioma: Em inglês, com tradução disponível no site Tribo Gamer.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
Para mais análises siga a Curadoria Gamers do Brasil
Odesláno 12. března 2021.
Byla tato recenze užitečná? Ano Ne Vtipná Ocenit
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5.0 hodin celkem
Uma jornada encantadora e inesquecível.

Por mais clichê que possa ser não tem como não apresentar Journey como uma obra de arte interativa. Desenvolvido magistralmente pelo estúdio Thatgamecompany e lançado de forma exclusiva para PS3 em março de 2012, o game finalmente chegou aos PCs em junho 2019 através da Epic Store e um ano mais tarde na Steam.

Journey é um game contemplativo, assim como o seu parente distante Flower e seu irmão mais novo Abzul, que apresenta uma narrativa interpretativa e imersiva, enquanto encanta o jogador com uma jornada belíssima por paisagens idílicas.

Não há introdução, diálogos ou textos que contextualizem a trama de Journey, toda a narrativa é feita de forma visual e através das interações do pequeno protagonista com o cenário, porém o principal objetivo fica claro já nos primeiros minutos do game, onde devemos alcançar o topo do monte mais alto, onde uma intensa luz é emanada e enquanto o protagonista busca alcançar tal objetivo alguns mistérios são revelados conforme a jornada avança pelos desérticos e belos cenários. Apesar de boa parte da mensagem do game ser clara, o final pode ser encarado de forma interpretativa, mas que sem duvida fazem a jornada valer a pena.

As mecânicas do game são simples, basicamente o jogador deve explorar o cenário e interagir com criaturas feitas de tecido que permitirão acessar o próximo cenário, durante essa exploração pequenos
símbolos reluzentes são encontrados que aumentam o tamanho do cachecol do protagonista que por sua vez permite o mesmo plane pelos cenários, quanto maior o cachecol, maior o tempo de duração de tal habilidade, incentivando assim a exploração por parte do jogador para encontrar mais símbolos escondidos. Além disso, murais podem ser encontrados que revelam pequenas partes do passado da antiga civilização que viveu no local.

Se por um lado suas mecânicas são simples, por outro o game impressiona com a sua belíssima direção artística, onde o maior valor de Journey está justamente na sua construção de mundo onde tudo é cuidadosamente realizado de forma a contribuir com a sensação de contemplação do jogador, como as ruínas tomadas pela areia do deserto, ou as criaturas feitas de tecido que vagam pelos cenários e auxiliam em alguns momentos o jogador, ou ainda toda a plenitude causada pelo por do sol em um dos momentos mais belos da jornada e se não bastasse o visual impressionante a trilha sonora original torna a experiência ainda mais única, equilibrando de forma excelente os momentos de tensão e contemplação.

Um aspecto que vale ser mencionado é o modo cooperativo do game, onde o jogador poderá encontrar durante a jornada, de forma totalmente aleatória, outro jogador que poderá acompanha-lo e auxilia-lo pelo caminho, porém o sistema chama a atenção justamente por limitar a forma de comunicação entre os jogadores, que interagem entre si somente através de sons e sinais luminosos, não revelando nem mesmo o nome do eventual companheiro, isso torna as interações entre os jogadores extremamente amigáveis, motivando a cooperação mutua para se alcançar os objetivos.

Mesmo com uma duração curta, Journey é um excelente game que nos apresenta uma experiência intensa, contemplativa e marcante. Não apresentando grandes desafios, mas presenteando o jogador com momentos satisfatoriamente belos que fazem da jornada valer cada minuto.

Informações adicionais:
  • Nota geral: 10.
  • Tempo dedicado ao game: 05 horas.
  • Conquistas desbloqueadas: 13 de 14.
  • Dificuldade: Fácil.
  • Fica a dica: Simplesmente jogue!
  • Gameplay: Clique aqui.
  • Imagens durante a jogatina: Clique aqui.
  • Vale o preço? Sim vale!
  • Modo de jogo: Solo e cooperativo para até dois jogadores.
  • Idioma: Menus em português do Brasil.
Publicado originalmente no Blog PortoHQ.[portohq.blogspot.com]
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Odesláno 27. února 2021. Naposledy upraveno 12. března 2021.
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