Seneste anmeldelser af Janos Biro

I found the weakest of the 3, but the bonus campaign and the mods about California are worth it.

Broken Age is a beautiful game, with an interesting story, in which you control two people in parallel: a white teenager, Shay, and a black teenager, Vella. The racial and gender issue seems evident: Shay is raised in a space that is totally safe and alienated from reality, while Vella is participating, along with other girls, in a ritual of sacrifice, in which they are devoured by a monster in the belief that this will save the rest of the village. The game is full of twists and turns and I recommend not reading the rest of the review if you want to avoid spoilers.
At the heart of the story is the fact that they both live in a lie. The boy lives in what he thinks is a spaceship. He doesn't even have control of the ship, the controls are toys and the one who really runs everything is his mother, who he believes is a computer program that pampers him like an overprotective mother. Tired of false adventures, he finds a passage to the ship's underground, where he meets a wolf who invites him to do something meaningful. He informs them that the galaxy is at war and that he can save the lives of innocent people by rescuing them from dangerous areas. This, of course, is a lie created to encourage the boy's "heroism". He is actually controlling the monster that is kidnapping girls from the local villages. His ship is not actually in space. It's the monster itself.
Meanwhile, Vella questions the society's tradition and saves herself from being devoured by the monster, meeting other societies and ultimately attacking and taking down the monster like a true hero.
When the monster is knocked down, Shay and Vella briefly meet but don't say a word to each other. Vella simply expresses her anger and tries to punch Shay, believing him to be responsible for the kidnappings (and she wasn't exactly wrong about that). But he dodges the punch and both end up switching places. This part of the game is an interesting example of reuse of scenarios for new puzzles. At that moment, the solution of the puzzles on one side depends on the solution on the other side, revealing a connection between the characters.
Only then is the villain's plot really revealed: a caste that considers itself pure and genetically superior has isolated itself from the rest of the world until it becomes something alien. However, they need the "impurity" of other "specimens" to continue living. "We are like a crystal castle that needs stone and mud to keep standing", says the antagonist.
The symbolism seems to indicate an anti-fascist message, where white kids, even without any racist intent, are tricked and used to advance a racist agenda. Shay was mistaken and alienated on several layers. First, because he was treated like a baby, second, because his parents disguised themselves as artificial intelligences when they were actually real people, third, because he believed he was in space when he was on earth, fourth, because he believed he was doing something meaningful when he was actually collaborating with the plan of the fascists.
Vella, on the other hand, manages to intuit what is really going on, shows courage and does what is necessary to free herself and the other girls. Yet it is only by working together, without even knowing it, that they achieve victory. In the end, the monsters' bodies melt, forming a bridge, where Shay and Vella meet again, this time smiling, but still not saying anything, leaving the possible dialogue to be imagined. The bridge represents a hope of cooperation between two people from totally different realities to reach a common goal.
The credits images reveal the outcome of each character, which makes the credits attractive. Although the ending seems rushed and abrupt, as if it was done in a hurry, it manages to convey the main message of the game. All in all a very worthwhile game.

“Far Cry na Terra-Média” seria o tipo de descrição que faria Tolkien se revirar no túmulo, se ele já não estivesse no inferno por ser exageradamente católico. Eu joguei ao mesmo tempo que assistia o seriado Anéis do Poder, o que foi legal e me ensinou a pronunciar “Celebrimbor”. Mas ignore os livros. A mecânica de combate me lembrou Batman, mas é muito mais divertido combater com espada e arco. O sistema dinâmico de inimigos, no qual o inimigo que consegue te matar é promovido dentro do exército de Sauron, é realmente interessante e cria encontros únicos. Eu me diverti montando em caragors e fugindo de hordas de uruks. Uma frase que me marcou foi “This does not bode well”, que aparentemente é o equivalente tolkieniano de “I have a bad feeling about this”.

Um clássico que eu sempre quis jogar mas nunca tinha conseguido. A narrativa mistura elementos da Jornada ao Oeste (um clássico da literatura chinesa) com uma ambientação de ficção científica e luta contra um regime totalitário. A mecânica, apesar da minha dificuldade de lidar com os controles, contém vários elementos interessantes de stealth, corrida e puzzle, além da ideia genial de tirar fotos dos animais.

Este é o primeiro jogo da série Hitman que eu jogo. Eu fiquei impressionado com o realismo da violência nesse jogo. Isso porque, na maioria dos jogos do tipo, os personagens matam dezenas de pessoas sem piscar, enquanto nas cutscenes são seres humanos com sentimentos, o que causa uma dissonância entre a narrativa e a mecânica de jogo. Hitman elimina essa dissonância porque o personagem é realmente uma máquina de matar, sem nenhum remorso. O Agente 47 foi transformado nisso por meio de experimentos. O que resta de sua humanidade aparece nesse jogo, quando ele se volta contra sua própria agência para tentar impedir que outra criança sofra o mesmo que ele sofreu. Até o jeito de andar, que em outros jogos é irrealista porque parece mecânico demais, em Hitman parece mais realista justamente porque é assim que um imaginamos que um assassino frio e calculista se move. A liberdade de resolver as missões com criatividade também é bastante atraente.

Eu nunca consegui jogar Baldur’s Gate, Icewind Dale, ou Planescape: Torment. Pillars of Eternity conseguiu me prender pelos personagens interessantes e motivações peculiares de cada um deles, apesar da história principal ser previsível.

It's better than the 2022 movie. If that's saying anything.

Um filme interativo de cerca de 30 minutos em que uma detetive é chamada para investigar a morte de um segurança numa boate. Você escolhe as ações do assassino e assiste as consequências para a detetive, revelando diferentes finais. É o primeiro trabalho de um estúdio independente russo e ficou melhor do que a maioria das tentativas de grandes empresas de fazer o mesmo.

A história é ambientada num cenário steampunk com elementos sobrenaturais, uma cidade sendo devastada por uma praga de ratos, e segue o guarda-costas de uma imperatriz acusado de matá-la, que recebe poderes mágicos de uma entidade que é reverenciada como um deus para se vingar de um governo totalitário. A mecânica de jogo estimula a exploração e criatividade na resolução de problemas. Os personagens são interessantes e o final depende de suas ações, lembrando Bioshock.

The world's greatest detective couldn't figure out where his family's money comes from. All billionaires are the same.